26.10.10

A propósito de grafitos


NÃO PRETENDO, com estas imagens, defender a actividade dos 'artistas' referidos na crónica anterior. Mas gostaria de ver igual zelo da PSP na protecção das paredes em zonas - ditas - nobres, como a Baixa de Lisboa.
.
AS FOTOS são da Praça da Figueira (a do meio) e da Rua das Portas de Santo Antão (as restantes).
A situação do Pátio do Tronco (cada vez mais borrado, e de que hoje apenas se mostram 3 aspectos, para não entristecer) é particularmente revoltante, tendo em conta o significado histórico do lugar: foi onde Camões esteve preso - o que, aliás, a autarquia da cidade assinalou devidamente
, em 1992, recorrendo a grandes painéis de azulejos.
O facto de, no próprio Pátio, haver umas instalações da CML, não é do âmbito da pura anedota: é que, no meio de todo aquele nojo, o seu logótipo até nem destoa...

12 Comments:

Blogger JARRA said...

Murais e grafitos, são coisas diferentes. As cidades ganham em ser vivas e dinâmicas, mas também limpas!
O zelo assético aparece geralmente com a idade ...

26 de outubro de 2010 às 09:56  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Claro!

Embora recorram ao argumento da "limpeza", as polícias, em geral, preocupam-se apenas com os murais de cariz político.

26 de outubro de 2010 às 10:35  
Blogger Catarina said...

Parecem mais recantos de uma cidade lá para os lados dos orientes longínquos!

26 de outubro de 2010 às 11:57  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Sempre que passo pela Baixa, vou espreitar o Pátio do Tronco.
Mas já deixei de fotografar (apesar de haver sempre "novidades"...).

De qualquer forma, fico especialmente desvairado quando vejo ali turistas (muitas vezes com um Guia de Lisboa na mão) a olhar para aquilo.
Eu sei que não devo ter vergonha por algo de que não sou responsável. Mas, mesmo assim, sinto-me desconfortável.

Um dia, se António Costa substituir Sócrates, convém que os portugueses saibam como é que ele tratou a Capital. Isso dará óptimas indicações acerca do zelo com que tratará o país - se ele lhe cair nas mãos...

26 de outubro de 2010 às 12:15  
Blogger Catarina said...

Essa do António Costa chegar alguma vez a substituir Sócrates é uma hipótese a curto prazo ou remota? Valha-vos Deus!

26 de outubro de 2010 às 12:51  
Blogger Ribas said...

Existem dois tipos de pinturas urbanas os grafitos e os tags.
Na minha opinião os tags são os piores. Os tags são simples assinaturas, o nome de guerra do pretenso "artista" que normalmente não o é, nem nunca o será, por isso se fica pelo tag, uma assinatura feita com um marcador próprio.
Já o grafito tem cor, espessura, muitas vezes harmonia, faz o jeito ao burguês, por isso os taggers, por não conseguirem fazer igual, intitulam-se anarcas.
Estes indivíduos estão organizados por "crews", por vezes numerosas. Por isso é muito difícil apanhar estes artistas urbanos em flagrante precisamente porque eles têm um sofisticado sistema de vigilância e protecção.
Os que foram apanhados nas Olaias não tinham desta organização, foram guiados pelo outro tipo de "calor" e um qualquer telefonema para a esquadra os denunciou.

26 de outubro de 2010 às 13:02  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Catarina,

Quando se fala da sucessão de Sócrates à frente do PS, fala-se sempre de Aº Costa e, mais recentemente, de Aº José Seguro.

A completa insensibilidade que o 1.º tem mostrado em relação aos problemas que, embora pequenos, infernizam a nossa vida, diz tudo sobre ele.
Refiro-me a coisas como lixo (quer nas ruas, quer nos ecopontos não esvaziados), trânsito (EMEL ineficaz, estacionamento selvagem, uso das faixas BUS, arrumadores com fartura, passadeiras não-pintadas), sem-abrigo, grafitis, passeios esventrados, etc. etc.

O que aflige não são só os problemas em si mesmos, mas a completa ausência de preocupação da autarquia em relação a eles.

Essa gente NÃO FAZ NADA que seja eficaz, nem dá mostras de tencionar fazer.

26 de outubro de 2010 às 13:43  
Blogger Ribas said...

Ainda não vi este Presidente da Cãmara fazer nada digno de registo.
Diz ter posto as contas em ordem,discurso que já se parece, com o dos últimos presidentes do Sporting (embora o clube continue afogado em dívidas).
De resto, a cidade está cada vez mais suja, mais esburacada e mais embrutecida.

26 de outubro de 2010 às 14:01  
Blogger Ribas said...

Ainda em relação aos grafitos.
Os que se vêem nas imagens postadas, são todos tags, não está lá um único grafito.

26 de outubro de 2010 às 14:03  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu corro Lisboa toda (a maior parte das vezes a pé, mas também de metro, de autocarro e de eléctrico - quase nunca de carro), e tenho inúmeras fotos como estas.

Só não afixo mais aqui para não enjoar, e porque o tema "Lisboa entregue à bicharada" só interessaria a alguns leitores. Para contornar isso, afixo algumas em «Passeio Livre», «No Reino do Absurdo» e «O Carmo e a Trindade»

26 de outubro de 2010 às 14:10  
Blogger José Batista said...

Se um dia "teguistas" e "grafitungas" de "super-crews" borrassem a casa de António Costa talvez ele passasse a dar atenção ao assunto...

É por isso que não suporto a autopropaganda sobre a "superioridade" de certas consciências que se afirmam de esquerda. Os "homens bons". A "ética republicana". Etc.

Melhor estávamos se tivessem consciência do mal que fazem... E um pouco mais de vergonha.

26 de outubro de 2010 às 19:05  
Blogger Sepúlveda said...

Mais engraçado era um folheto propangandista que me meteram no vidro do carro. Aludindo ao centenário da "r"epública (a letra maiúscula está cara por causa do IVA), congratulava-se com a uma panóplia de 100 escolas novas ou renovadas, tudo responsabilidade da CML. É claro que quem não estivesse atento não reparava que certas escolas como a D.Pedro V (e outras) estavam na lista das novas. Até aceito que tenha havido grandes obras na mesma, mas nova é que não é.

26 de outubro de 2010 às 23:32  

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