NO DIA em que me preparava para abrir a garrafa cuja foto aqui se vê, tropecei no texto que se pode ler por baixo - que não foi escrito por «um qualquer»! -, hesitei... e voltei a colocá-la, intacta, na garrafeira.
Já agora: alguém sabe quem foi o seu autor, e porque é que as suas palavras podem, até, ser prestigiantes para o vinho em causa?
Já agora: alguém sabe quem foi o seu autor, e porque é que as suas palavras podem, até, ser prestigiantes para o vinho em causa?
6 Comments:
Eles até podiam pôr, no rótulo das garrafas:
«Este é o vinho citado por (...), em 1864, na sua obra imortal (...). Veja como, de então para cá, evoluímos!»
Não faço a mínima ideia mas estou curiosa....
Trata-se de um ultra-famoso autor russo, e a obra em causa é uma das primeiras que ele escreveu (ou, pelo menos, a primeira de entre as "imortais").
Na cena em causa, a dona da casa oferece um banquete por ocasião do funeral do marido.
Apesar de estar tísica e na miséria, usa os 20 rublos que um estranho lhe dá para os gastar assim, fazendo de conta que não está tão pobre como, de facto está (acaba por ter de ir pedir para a rua, enlouquecer e morrer).
Por sua vez, o indivíduo que lhe deu o dinheiro fica também na miséria, pois era o único dinheiro que tinha...
Pronto.
É no «Crime e Castigo» de Dostoievski
Os vinhos regionais com a Denominação de Origem "Lisboa" chamavam-se, até ao ano passado, "Estremadura", já que a região abrange uma série de concelhos que nem sequer pertencem ao distrito de "Lisboa". Não sei se na cidade de Lisboa se produz vinho (pelo menos com uvas), mas parece que o "vinho de Lisboa" de que fala Dostoiévski seria vinho de carcavelos
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