2.5.11

Recordações de praia

Por A.M. Galopim de Carvalho

EM CRIANÇA
e adolescente nunca fiz praia, ou, como se dizia, nunca fui a banhos. Nesse tempo em vez do nadador-salvador das praias de hoje, apinhadas de gente e em que são mais os banhos de sol do que os banhos de mar, havia o banheiro, no geral um homem das fainas marítimas que ali ganhava o sustento dos meses de Verão, dando banho a quem lho solicitasse. E esse banho, muitas vezes por prescrição do médico, consistia em pegar no paciente e, sem nunca o largar, mergulhá-lo três ou quatro vezes na água, de corpo inteiro e, de preferência, junto à rebentação. (...)


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