17.5.11

A ter em conta

Por Helena Matos

DSK [Dominique Strauss-Kahn] é socialista. Não é padre católico nem de direita. Logo, não se vão exigir pedidos de desculpa aos socialistas franceses nem se vão fazer manifestações de intelectuais envergonhados com a imagem que DSK dá do seu país. Apesar de tudo, DSK foi detido nos EUA coisa que altera muito as regras deste jogo com regras diferentes consoante a filiação política dos envolvidos. Em Portugal, a carreira política de DSK estaria longe de acabada e passados estes dias de confusão, já com tudo devidamente arquivado ou prescrito, DSK poderia manter as suas aspirações a todo e qualquer cargo politico. Tanto mais que no caso de DSK ele é, de facto, um político brilhante.

Obs. E em França, tal como em Portugal, afinal toda a gente sabia, toda a gente sabe e toda a gente faz de conta que não sabe. Até que um dia todos gritam que afinal sabiam, para em seguida voltarem a fazer de conta que nada sabem. E os jornalistas sempre ao dispor.
In «Blasfémias»

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1 Comments:

Blogger João Sousa André said...

Helena Matos não deve ter noção do ridículo.

À Igreja Católica não são exigidos pedidos de desculpa pelos abusos, antes pelas décadas de encobrimento dos mesmos e de protecção dos criminosos. No dia em que o PSF esconder DSK, o promover dentro das suas estruturas e lhe mudar apenas a localização então poderá Helena Matos escrever a barbaridade que escreveu.

Ainda assim ficará aquém dos abusos de confiança da ICAR (o PSF e o FMI não se autopromovem como instituições espirituais e de caridade social) nem do abuso de menores (a senhora que, alegadamente, foi violada é adulta e sabe bem aquilo que pode fazer legalmente, sendo o resto às custas da justiça).

A questão da culpabilidade é ainda o último ponto. Sendo DSK ddo PSF, Helena Matos já o julgou, condenou e considerou que a esquerda o ilibou. A maior parte dos comentadores que têm moral, ceérebro e algum contacto com a realidade, de esquerda ou de direita, decidiram esperar pelo resultado do julgamento para tirar conclusões. As genéricas são, no entanto, muito simples: se é culpado, que cumpra a pena. À esquerda e à direita.

Se há algo que Helena Matos demonstra constantemente é mesmo uma total falta de noção da realidade. Poderíamos juntá-la a Sócrates num asilo para poderem entreter-se mutuamente com os conflitos imaginários que os sustêm.

20 de maio de 2011 às 09:15  

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