Assim não dá!
Por Helena Matos
PRECISO de enriquecer ou de empobrecer. Ou mais precisamente tenho de mudar de estatuto. O que não posso, não quero nem aguento mais é fazer parte dessa entidade impropriamente chamada classe média. Mas média de quê? Da riqueza dos ricos e da pobreza dos pobres? Talvez por falta de ricos e excesso de pobres (o grupo mais significativo dos contribuintes é aquele que, por baixos rendimentos, não paga praticamente IRS) o resultado é uma classe média com aspirações lá em cima e rendimentos muito cá em baixo.
Mas seja por isso ou pelo seu contrário, o que para o meu caso conta é a pretensão, ou melhor a minha exigência, de deixar de ser classe média. Quero que o Estado me declare rica ou pobre. Mas média não. E não adianta contrapor a esta minha reivindicação o argumento de que estas coisas não se determinam por decreto. Isso seria bem observado caso Portugal fosse um país razoável. (...)
PRECISO de enriquecer ou de empobrecer. Ou mais precisamente tenho de mudar de estatuto. O que não posso, não quero nem aguento mais é fazer parte dessa entidade impropriamente chamada classe média. Mas média de quê? Da riqueza dos ricos e da pobreza dos pobres? Talvez por falta de ricos e excesso de pobres (o grupo mais significativo dos contribuintes é aquele que, por baixos rendimentos, não paga praticamente IRS) o resultado é uma classe média com aspirações lá em cima e rendimentos muito cá em baixo.
Mas seja por isso ou pelo seu contrário, o que para o meu caso conta é a pretensão, ou melhor a minha exigência, de deixar de ser classe média. Quero que o Estado me declare rica ou pobre. Mas média não. E não adianta contrapor a esta minha reivindicação o argumento de que estas coisas não se determinam por decreto. Isso seria bem observado caso Portugal fosse um país razoável. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: autora convidada, HM
2 Comments:
O seu drama é que também agora a coisa não vai de feição (tirando as ideologias!) - temos um governo que assumidamente opta por defender os ricos - e por mais que lhe custe a si e a mim, é que estamos mais perto dos pobres que dos ricos!
Olhe que ganho muito acima do tal limite da classe média e sou tratado à mesma como pobre. Sabe porquê? - porque ganho o dinheiro a trabalhar e não faço creatividade fiscal!
Leninha
Não finjas.
Com a omnipresença em tudo o que é comunicação escrita e falada, deves estar a recolher umas boas maquias.
Inclino-me para que estás a cair para o lado dos ricos.
A quem, aliás, defendes e com quem te dás muito bem.
Não te aflijas.
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