10.7.11

A TODA a hora ouvimos dizer que o Estado deixa prescrever processos fiscais e multas no valor de muitos milhões de euros. Mas esta notícia revela um nível superior no que toca a incompetência na cobrança, pois trata-se de cidadãos que, não só estão dispostos a pagar, como até pagaram para pagar... e o Estado não faz a sua parte.

Qual de nós entregaria as suas poupanças a gestores como os que são responsáveis por esta bambochata? Que é como quem diz: o que é que se espera que uma agência de rating faça - se tiver de classificar o trabalho dessa gente?

8 Comments:

Blogger GMaciel said...

De facto, a competência e gestão em Portugal está mais para lixo do que para outra qualquer coisa, o chato é serem os reis da sucata a dizê-lo.

10 de julho de 2011 às 19:02  
Blogger 500 said...

É lixo mal cheiroso, isto é, m....

10 de julho de 2011 às 19:16  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Todo este processo das portagens 100% electrónicas foi enjorcado em cima do joelho, como aqui já se referiu inúmeras vezes, nomeadamente no que toca à cobrança.

Veja-se, p.ex., que a P. Municipal de Lisboa se queixa de que não consegue cobrar muitas multas porque não tem acesso à base de dados com as moradas dos infractores!
Imagine-se, então, o que se passa com as multas da EMEL e - no caso aqui abordado - com os que passam nas portagens sem pagar...

E continua por responder a velha questão: se já é difícil que as concessionárias obtenham as moradas dos não-pagantes nacionais, como é que as cobram as dos carros com matrícula estrangeira (a começar pelos emigrantes)?

10 de julho de 2011 às 19:44  
Blogger A. João Soares said...

Realmente, como muito bem diz, quem, com um pouco de «esperto no cabeça» entrega a gestão das suas poupanças a gestores deste tipo??? Mas os governantes com não se sentem responsabilizados pelo dinheiro dos nossos impostos, não se preocupam em entregar os interesses públicos aos seis amigos e compadres. Estes se encarregarão de transformar o que é do Estado (todos nós) em coisa sua, pessoal e inalienável, colocado em offshore de onde pode regressar para pagar apartamentos de luxo na Braancamp e outros locais de prestígio.

10 de julho de 2011 às 21:21  
Blogger Teófilo M. said...

Mas quantas SCUTS é que são objeto de portagens? Não é só para o Norte?

11 de julho de 2011 às 10:54  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Na realidade, já não são SCUT ("sem custos..."), mas sim ex-SCUT.

De qualquer forma, o que está em causa (mesmo que não houvesse nenhuma ex-SCUT) é o facto de o Estado colocar à venda um aparelho, haver quem lho pague (e ainda por cima tratando-se de "um aparelho para pagar!"), e depois o vendedor não o entregar.

11 de julho de 2011 às 11:59  
Blogger Manuel said...

Mas o fornecedor das geringonças não é Privado ?

Não pode ser porque quando se é Privado caminha-se sobe a água e toda a sapiência e capacidade está alojada às toneladas

11 de julho de 2011 às 16:40  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Também o fornecedor dos "Magalhães" é privado e, no entanto, a responsabilidade (geral e política) do negócio é pública, De certa forma, as SCUT (ou "ex") são uma PPP (parceria entre o sector público e o privado).

A ideia de passar a portajá-las foi do governo (Mário Lino), pelo que a responsabilidade por toda a parafernália para pôr isso em prática é do Estado:
Isso vai desde a ideia do chip até à decisão de quem o fabrica, comercializa, etc.

Como se sabe, todo este processo (que se arrasta há uns 4 anos, pelo menos) tem emperrado, precisamente, na parte técnica (mais até do que na oposição das populações abrangidas).
Já se fala em novo adiamento (agora para Setembro), e veremos...

11 de julho de 2011 às 17:03  

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