27.10.11

Da Primavera Árabe ao inverno muçulmano

Por C. Barroco Esperança

O JÚBILO da comunicação social dos países democráticos com a queda das ditaduras do Norte de África pareceu-me sempre exagerado. Não que a queda dos ditadores me deixe triste mas porque, em contexto religioso, pressinto os piedosos facínoras que se seguem.

Assustou-me a amnésia colectiva em relação à ascensão da Frente Islâmica de Salvação (FIS) na Argélia cujo pavor levou ao golpe de Estado que impediu a segunda volta das eleições em 1992, eleições que, a terem lugar, como estava previsto e era justo, dariam a vitória aos fanáticos religiosos. Não esqueço a onda de euforia que percorreu o Irão após a queda de Xá Reza Pahlavi, um déspota corrupto, com o regresso do exílio do aiatola Khomeini, com cheiro a santidade. (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger Quasímodo said...

Vai depender muito de qual grupo prevalecerá dentro da CNT, pois é sabido que essa frente é integrada com bastante representatividade, pelos fundamentalistas islâmicos, que Kadafi já temia ao romper com o Irã em 1993.

(Trecho da crôncia "Kadafi está morto. E agora?..." no blog Letras da Torre. http://letrasdatorre.blogspot.com/

30 de outubro de 2011 às 17:52  
Blogger Carlos Esperança said...

Quasímodo:

Mantenho o meu pessimismo. Compreendo a sua posição e a lógica que lhe assiste.

31 de outubro de 2011 às 00:51  

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