Jardim, o nosso gato desbocado
Por Ferreira Fernandes
ALBERTO João Jardim, do PSD, pede aos madeirenses para darem "uma sova no Governo de Lisboa", que é liderado pelo PSD. E chama de "péssimo moço de recados" a Paulo Portas, ministro de Estado do tal Governo.
Estas aparentes contradições quase esquizofrénicas não espantam já os portugueses, do Continente e das ilhas. Eles percebem a dialéctica da coisa: a Madeira é parte de um todo, o que não a impede de, por vezes, demasiadas vezes, ser sobretudo uma parte. E, tal como há casais que divergem sobre o local das férias, na praia ou não, e tal como há amigos que torcem ao domingo por clubes diferentes, é natural que na política - onde antes não se admitiam divergências internas na praça pública - agora já se façam, até nas campanhas eleitorais, acusações entre aliados.
Afinal, também na pátria europeia da democracia os aliados políticos se chocam entre si. Na Inglaterra, ontem, a ministra do Interior, Theresa May, do Partido Conservador, disse que há juízes que não expulsam imigrantes ilegais quando estes dão como desculpa terem adoptado um gato inglês. Logo saltou o ministro da Justiça, Kenneth Clarke, também do Partido Conservador, apostando publicamente que a colega é incapaz de apontar um só caso de gato salvador de deportações...
Mas, reparem, o gato não disse nada! O nosso problema é que o nosso destabilizador de alianças, o nosso gato, não se cala.
«DN» de 5 Out 11ALBERTO João Jardim, do PSD, pede aos madeirenses para darem "uma sova no Governo de Lisboa", que é liderado pelo PSD. E chama de "péssimo moço de recados" a Paulo Portas, ministro de Estado do tal Governo.
Estas aparentes contradições quase esquizofrénicas não espantam já os portugueses, do Continente e das ilhas. Eles percebem a dialéctica da coisa: a Madeira é parte de um todo, o que não a impede de, por vezes, demasiadas vezes, ser sobretudo uma parte. E, tal como há casais que divergem sobre o local das férias, na praia ou não, e tal como há amigos que torcem ao domingo por clubes diferentes, é natural que na política - onde antes não se admitiam divergências internas na praça pública - agora já se façam, até nas campanhas eleitorais, acusações entre aliados.
Afinal, também na pátria europeia da democracia os aliados políticos se chocam entre si. Na Inglaterra, ontem, a ministra do Interior, Theresa May, do Partido Conservador, disse que há juízes que não expulsam imigrantes ilegais quando estes dão como desculpa terem adoptado um gato inglês. Logo saltou o ministro da Justiça, Kenneth Clarke, também do Partido Conservador, apostando publicamente que a colega é incapaz de apontar um só caso de gato salvador de deportações...
Mas, reparem, o gato não disse nada! O nosso problema é que o nosso destabilizador de alianças, o nosso gato, não se cala.
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