22.11.11

Então é assim

Por Alice Vieira

A IRMÃ dizia-lhe sempre “não te metas!”, mas nunca fazia caso.
Naquele dia também não. Olhou para o miúdo a arrumar carros, sujo, calças esburacadas, corpo que não devia ver água há eternidades, e meteu logo conversa. A princípio as respostas não passaram de grunhidos acompanhados de encolher de ombros, mas ao fim de algum tempo já sabia que largara a escola, não tinha poiso certo, andava por ali a fazer pela vida.

- E não gostavas de voltar à escola?

Novo encolher de ombros, e um assobio para um possível freguês.
Ela não desistia às primeiras e por ali ficou, a tentar conhecer mais da vida do rapaz que, por essa altura, já sabia que se chamava Chico. (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas: