Os Ralhos do Pai do Céu
Por A. M. Galopim de Carvalho
A AVÓ ISABEL foi o meu primeiro contacto com uma pessoa idosa. A sua imagem está entre as minhas primeiras tomadas de consciência do mundo que me rodeava, tinha eu três anos. Sempre de preto, dos sapatos e meias, às saias e blusas, ao xaile e ao lenço, como mandavam os usos que se vestissem as viúvas, a mãe da minha mãe foi a única, de entre os meus avós, com quem me foi dado conviver. A avó vivia só, numa velha casa da rua de Frei Brás (de que já falei em crónica anterior), uma rua já empedrada nessa altura, representando um avanço considerável em relação a muitas outras da cidade, ainda de terra batida, com calcetamento apenas nas regueiras, duas de cada lado, sob os beirais dos telhados. (...)
Texto integral [aqui]A AVÓ ISABEL foi o meu primeiro contacto com uma pessoa idosa. A sua imagem está entre as minhas primeiras tomadas de consciência do mundo que me rodeava, tinha eu três anos. Sempre de preto, dos sapatos e meias, às saias e blusas, ao xaile e ao lenço, como mandavam os usos que se vestissem as viúvas, a mãe da minha mãe foi a única, de entre os meus avós, com quem me foi dado conviver. A avó vivia só, numa velha casa da rua de Frei Brás (de que já falei em crónica anterior), uma rua já empedrada nessa altura, representando um avanço considerável em relação a muitas outras da cidade, ainda de terra batida, com calcetamento apenas nas regueiras, duas de cada lado, sob os beirais dos telhados. (...)
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1 Comments:
Essa ladaínha também eu a ouvi à minha avó, mas Trás-os-Montes.
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