Obviamente...
Por João Paulo Guerra
…NÃO se demite. Também ninguém pode garantir que o ministro tenha ameaçado demitir-se, no caso de lhe retirarem poderes em matéria de gestão de fundos, ou se apenas fez chegar a ameaça, mais aberta ou mais velada, a um ou outro jornal para ver o efeito.
A política hoje faz-se assim mesmo, com mais factos políticos do que factos propriamente ditos e com a gestão dos efeitos mediáticos de balões soprados e lançados ao ar.
O que é curioso, neste País que em tempos foi inundado por enxurradas de dinheiro e está agora asfixiado num sequeiro de dívidas, é que a gestão dos milhões da Europa continue a causar tanta turbulência política. Um desprevenido leitor de notícias até pode imaginar que está nos anos 80/90, final do século passado, com milhões descaminhados em processos que acabaram por prescrever, mais milhões extraviados em processos simplesmente arquivados e ainda muitos outros milhões que simplesmente levaram sumiço, sem processo nem nada. Não é atualmente o caso mas um jornal já insinuou que um dos dois ministros envolvidos na guerra pelo controlo dos fundos quer muito simplesmente travar projetos duvidosos nos quais o dinheiro chega mas a formação fica pelo caminho. Onde é que já vimos e ouvimos isto? Sim, exatamente, foi na imagem e na banda sonora de episódios do final do século passado da série "Onde pára o dinheiro?". Série inconclusiva, diga-se, como quase tudo o que naqueles tempos ficou à espera de melhor prova, isto é, prova nenhuma.
A guerra atual, por enquanto, utiliza apenas os arsenais do alecrim e da manjerona. E os campos de batalha são as páginas dos jornais, em que exércitos de carateres se defrontam e deixam o seu cunho nos campos inimigos.
«DE» de 8 Mar 12…NÃO se demite. Também ninguém pode garantir que o ministro tenha ameaçado demitir-se, no caso de lhe retirarem poderes em matéria de gestão de fundos, ou se apenas fez chegar a ameaça, mais aberta ou mais velada, a um ou outro jornal para ver o efeito.
A política hoje faz-se assim mesmo, com mais factos políticos do que factos propriamente ditos e com a gestão dos efeitos mediáticos de balões soprados e lançados ao ar.
O que é curioso, neste País que em tempos foi inundado por enxurradas de dinheiro e está agora asfixiado num sequeiro de dívidas, é que a gestão dos milhões da Europa continue a causar tanta turbulência política. Um desprevenido leitor de notícias até pode imaginar que está nos anos 80/90, final do século passado, com milhões descaminhados em processos que acabaram por prescrever, mais milhões extraviados em processos simplesmente arquivados e ainda muitos outros milhões que simplesmente levaram sumiço, sem processo nem nada. Não é atualmente o caso mas um jornal já insinuou que um dos dois ministros envolvidos na guerra pelo controlo dos fundos quer muito simplesmente travar projetos duvidosos nos quais o dinheiro chega mas a formação fica pelo caminho. Onde é que já vimos e ouvimos isto? Sim, exatamente, foi na imagem e na banda sonora de episódios do final do século passado da série "Onde pára o dinheiro?". Série inconclusiva, diga-se, como quase tudo o que naqueles tempos ficou à espera de melhor prova, isto é, prova nenhuma.
A guerra atual, por enquanto, utiliza apenas os arsenais do alecrim e da manjerona. E os campos de batalha são as páginas dos jornais, em que exércitos de carateres se defrontam e deixam o seu cunho nos campos inimigos.
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