15.3.12

Portugal, a ética, o abismo e a chuva

Por C. Barroco Esperança

PARECE que é a nossa vocação suicida que vai atirando Portugal, rápida e eficazmente, para o abismo.
Sócrates não pode servir de desculpa para as tropelias do estagiário que lhe sucedeu no Governo, nem de explicação por defeito para todas as malfeitorias que nos arrastam para o pântano ou de pretexto para desviar atenções da progressiva dissolução ética. (...)
Texto integral [aqui]

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4 Comments:

Blogger José Batista said...

Eu diria de outro modo:

As "malffeitorias que nos arrastam para o pântano" ou servem "de pretexto para desviar as atenções da progressiva dissolução ética" são tropelias (obedientes) dos "estagiários" do atual governo, mas não podem desculpar, minimizar ou atenuar a política criminosamente irresponsável de Sócrates e dos seus colaboradores. E, já agora, dos protagonistas de governos anteriores: Durão (proveitosamente fugitivo) Barroso, Santana ("guerreiro das cachopas") Lopes e António (dialogante, dialogante) Guterres. Onde tinham eles a cabeça, digo competência? A que não é alheia a ação (de alheamento?, de falta de visão?, de dificuladade de perceção?...) dos nossos presidentes da república.
Que andaram (todos) a fazer?
Raios partam uma república como a nossa. Já pouco me falta para preferir uma monarquia. Sem rei.
Já que roque também não temos.
É como vejo o estado da coisa.
Sem pedir desculpa pela franqueza.

15 de março de 2012 às 09:39  
Blogger Carlos Esperança said...

José Batista:

Mal por mal prefiro este Governo ao do fascista Salazar. Vivi nele mais de 30 anos e sei o que era.

15 de março de 2012 às 11:30  
Blogger José Batista said...

Caro Carlos Esperança:

Eu também sei o que o meu pai, humilde mas reto cidadão, sofreu no tempo de Salazar.
Mas não entendo porque havemos de estar condenados aos governantes que temos tido lá porque também tivemos (durante uma "eternidade") o Salazar.
E há muito quem defenda que só tivemos Salazar porque os homens da primeira república prepararam o "terreno" para o seu "reinado".
Ora, por analogia, o meu medo é que os "grandiosos" políticos que temos tido nesta terceira república nos estejam a preparar uma nova era "Salazar", ou equivalente...
Confesso que tenho muito medo.
E convido os que de mim discordam a olhar para as fotos que o nosso amigo CMR vai publicando daqueles concidadãos que dormem ao relento ou metidos em caixotes, ou desesperam sem emprego e com contas para pagar, e filhos para educar, etc, etc.
Por isso acho a nossa república uma república sem um pingo de vergonha.
E não a comemoro. E deploro-a. E acuso-a. Porque, afinal, sempre esteve ao serviço de quem dela se serve. Impunemente.
Mas também me acuso a mim próprio e aos cidadãos do meu país por elegermos, ainda que com elevadíssimas abstenções, as nulidades que, muito ufanas, nos atiram para o fundo do poço.

15 de março de 2012 às 19:57  
Blogger Carlos Esperança said...

Caro José Batista:

Acompanho-o no seu lamento.

16 de março de 2012 às 00:12  

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