Infelicidade
Por João Paulo Guerra
A MAIORIA dos portugueses considera-se nem muito nem pouco feliz, o que é bem português: nem, nem, assim, assim, mais ou menos, cá se vai andando.
O relatório sobre a felicidade, aprovado pelas Nações Unidas e ontem aflorado pelo Diário de Notícias, coloca Portugal na 73ª posição, perto de metade de uma tabela de 155 países. Entre a Dinamarca, Finlândia e Noruega, que encabeçam a lista, e o Benim e o Togo, que fecham a tabela, Portugal não está sequer no meio-termo, em matéria de felicidade. À frente de Portugal, em matéria de felicidade, estão 22 estados da União Europeia mas também o Turquemenistão, El Salvador, o Kosovo e Cuba.
O relatório conclui que será necessário de futuro construir novas tabelas de indicadores para medir a felicidade. Mas com os existentes, iguais para todos, Portugal responde pela negativa a questões como a saúde mental e física, a família, a educação e também o rendimento, o trabalho, a comunidade e o governo, os valores.
Seja[m] quais for[e]m as tabelas do futuro, o presente não augura nada de bom quanto à felicidade dos portugueses. O rendimento, o trabalho, a educação, a saúde estão em queda precipitada e com esses itens cai também a estabilidade da família e as relações sociais em comunidade. Porque a verdade é que a minoria de portugueses que se considera muito feliz já é só aquela que está empregada e não tem familiares afectados pela crise, que está satisfeita com o seu trabalho e salário, que mantém boas relações na família e com os amigos e, já agora, que se sente bem com a sua aparência, que dorme tudo o que precisa e que se avalia como bem-humorado.
Com a infelicidade dos portugueses governados bem podem os portugueses que governam. Deve ser por isso que se riem tanto nas fotos de família.
«DE» de 10 Abr 12A MAIORIA dos portugueses considera-se nem muito nem pouco feliz, o que é bem português: nem, nem, assim, assim, mais ou menos, cá se vai andando.
O relatório sobre a felicidade, aprovado pelas Nações Unidas e ontem aflorado pelo Diário de Notícias, coloca Portugal na 73ª posição, perto de metade de uma tabela de 155 países. Entre a Dinamarca, Finlândia e Noruega, que encabeçam a lista, e o Benim e o Togo, que fecham a tabela, Portugal não está sequer no meio-termo, em matéria de felicidade. À frente de Portugal, em matéria de felicidade, estão 22 estados da União Europeia mas também o Turquemenistão, El Salvador, o Kosovo e Cuba.
O relatório conclui que será necessário de futuro construir novas tabelas de indicadores para medir a felicidade. Mas com os existentes, iguais para todos, Portugal responde pela negativa a questões como a saúde mental e física, a família, a educação e também o rendimento, o trabalho, a comunidade e o governo, os valores.
Seja[m] quais for[e]m as tabelas do futuro, o presente não augura nada de bom quanto à felicidade dos portugueses. O rendimento, o trabalho, a educação, a saúde estão em queda precipitada e com esses itens cai também a estabilidade da família e as relações sociais em comunidade. Porque a verdade é que a minoria de portugueses que se considera muito feliz já é só aquela que está empregada e não tem familiares afectados pela crise, que está satisfeita com o seu trabalho e salário, que mantém boas relações na família e com os amigos e, já agora, que se sente bem com a sua aparência, que dorme tudo o que precisa e que se avalia como bem-humorado.
Com a infelicidade dos portugueses governados bem podem os portugueses que governam. Deve ser por isso que se riem tanto nas fotos de família.
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