Que fazemos dos nossos velhos?
Por Alice Vieira
HÁ MUITO tempo que a minha mala não guarda cartas. Postais ilustrados, muitos – desde que aderi a uma coisa salvadora, chamada “postcrossing”, que me traz notícias de gente do mundo inteiro! (Quem estiver interessado, é só ver na net do que se trata)
Mas cartas? Desapareceram.
Ninguém tem tempo para as escrever.
Ninguém sabe já como elas se escrevem.
E — pior ainda — ninguém sabe para o que servem.
Mas eu ainda sou do tempo em que as cartas eram o modo como as pessoas comunicavam quando o que se queria dizer não cabia nos períodos (caros…) do telefone. (...)
Texto integral [aqui]HÁ MUITO tempo que a minha mala não guarda cartas. Postais ilustrados, muitos – desde que aderi a uma coisa salvadora, chamada “postcrossing”, que me traz notícias de gente do mundo inteiro! (Quem estiver interessado, é só ver na net do que se trata)
Mas cartas? Desapareceram.
Ninguém tem tempo para as escrever.
Ninguém sabe já como elas se escrevem.
E — pior ainda — ninguém sabe para o que servem.
Mas eu ainda sou do tempo em que as cartas eram o modo como as pessoas comunicavam quando o que se queria dizer não cabia nos períodos (caros…) do telefone. (...)
Etiquetas: AV
1 Comments:
Alicinha
Queria mandar-lhe uma carta. Uma carta à moda antiga, com sobrescrito, selo e tudo. Talvez daquelas a cor, que havia no nosso tempo. Talvez em azul muito clarinho, com um leve perfume de alfazema.
Lá dentro, a folha de papel pautado, encimada pela data. Assim:
Odivelas, 15 de Abril de 2012
Querida Alicinha:
Espero que esta carta a vá encontrar bem, assim como todos os seus.
Nós estamos bem. Tive cá o meu neto 15 dias e diverti-me muito.....................
Até qualquer dia, minha amiga.
Cumprimentos dos meus para os seus.
Para si, um abraço e muitas saudades, da sua sempre amiga
Maria
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