Saúde "manu militari"
Por Manuel António Pina
QUATRO anos depois, o dr. Francisco George, eterno director-geral de Saúde, está a convocar as tropas higieno-fascistas para a 2ª Cruzada Antitabagista, desta vez mobilizando também as brigadas anti-álcool (as próximas cruzadas já contarão com as brigadas anti-sal, anti-açúcar, anti-gorduras polinsaturadas, anticafeína, etc.), tudo sob o comando de um até aqui anónimo secretário de Estado da Saúde.
Parece que um estudo encomendado pela Direcção-Geral terá concluído que um em cada quatro portugueses morre prematuramente, "em parte devido ao tabaco" (a parte de mortes devidas à miséria, ao desemprego ou à fome não vem nas estatísticas do dr. George). Era do que secretário de Estado e director-geral precisavam para se sentirem no direito de se intrometer nas decisões pessoais, na vida, na casa, e até nos automóveis alheios.
Restaurantes e bares dirão adeus aos investimentos feitos e deixarão de poder ter espaços reservados a fumadores; até à porta será proibido fumar (e quem for a passar?, terá que mudar de rua?); serão proibidas máquinas de venda automática de tabaco (não há máquinas de venda de "cavalo" ou de "branca" e nem por isso é difícil obtê-los...); proibir-se-á fumar dentro de carros com crianças (haverá um inspector da ASAE dentro de cada carro?); quanto ao álcool, nem uma "mini" poderá ser vendida em bombas de gasolina ou após a meia-noite.
A estrela amarela ao peito ficará para mais tarde.
«JN» de 12 Abr 12QUATRO anos depois, o dr. Francisco George, eterno director-geral de Saúde, está a convocar as tropas higieno-fascistas para a 2ª Cruzada Antitabagista, desta vez mobilizando também as brigadas anti-álcool (as próximas cruzadas já contarão com as brigadas anti-sal, anti-açúcar, anti-gorduras polinsaturadas, anticafeína, etc.), tudo sob o comando de um até aqui anónimo secretário de Estado da Saúde.
Parece que um estudo encomendado pela Direcção-Geral terá concluído que um em cada quatro portugueses morre prematuramente, "em parte devido ao tabaco" (a parte de mortes devidas à miséria, ao desemprego ou à fome não vem nas estatísticas do dr. George). Era do que secretário de Estado e director-geral precisavam para se sentirem no direito de se intrometer nas decisões pessoais, na vida, na casa, e até nos automóveis alheios.
Restaurantes e bares dirão adeus aos investimentos feitos e deixarão de poder ter espaços reservados a fumadores; até à porta será proibido fumar (e quem for a passar?, terá que mudar de rua?); serão proibidas máquinas de venda automática de tabaco (não há máquinas de venda de "cavalo" ou de "branca" e nem por isso é difícil obtê-los...); proibir-se-á fumar dentro de carros com crianças (haverá um inspector da ASAE dentro de cada carro?); quanto ao álcool, nem uma "mini" poderá ser vendida em bombas de gasolina ou após a meia-noite.
A estrela amarela ao peito ficará para mais tarde.
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4 Comments:
Pina
Acontece a todos.
perdeste uma boa ocasião de estares calado.
Caro Manuel António Pina
Este Dr George é um génio. Eu tenho a certeza disso, desde aquelas medidas adequadas, oportunas e eficazes contra a gripe A. Então nas escola foi um denodo. E, claro, as mortes só não foram em barda por causa do Dr George, das suas prédicas nas pantalhas e das medidas que preconizou.
Este Dr George bem que podia se empossado numa qualquer entidade que providenciasse um trabalho remunerado para todos os que precisam de pão.
Era problema resolvido.
Mas depois, diminuíam os problemas de saúde.
E com que é que o Dr George se ia ocupar?
Condecorem-no quanto antes.
O Farsola de Massamá tem um apropriadíssimo nome...
Há muita gente assim,trivial e deselegante.
Nunca acaba,é a natureza!
Isto é um completo disparate. O facto de Francisco George não ter sido substituído deve ter como causa " o não ter por onde lhe peguem", ao contrário de muitos outros que "já foram".
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