14.11.12

Os ricos como motor do progresso

Por Ferreira Fernandes
AS CONDENAÇÕES de vários ex-dirigentes do PT podem vir a ser dos maiores contributos daquele partido para o Brasil. E, notem, até os insuspeitos The Economist e The Wall Street Journal reconhecem que os governos do PT, de Lula a Dilma, já deram grandes melhorias ao povo brasileiro. Mas, lá está, nem a todo o povo. 
Agora, os brasileiros mais esquecidos, os presidiários, talvez venham a ser também contemplados. 
Ainda ontem o juiz Joaquim Barbosa, relator do processo Mensalão que levou às condenações, disse o destino dos presos: "Prisão especial é só para quem está cumprindo prisão provisória, e não definitiva." Com condenações já sem recurso, os ex-ministros e poderosos chefões partidários vão mesmo para aquelas prisões desumanas que conhecemos de filmes (Carandiru, de Hector Babenco), dos noticiários (motins em celas sobrelotadas onde se sorteia o próximo morto) e pelas palavras do ministro brasileiro da Justiça, José Eduardo Cardoso (do PT): "Os presídios no Brasil ainda são medievais. Entre passar anos num, talvez eu preferisse morrer." Disse ontem. Aliás, já o tinha dito há ano e meio. 
Assim, com José Dirceu (ex-manda-chuva do PT) e os outros ex-dirigentes a conhecer as prisões tal como elas são, é provável que elas deixem de ser tal como elas são. O grande Millôr já dizia que os poderosos no Brasil não iam para a prisão por elas serem más. Indo para lá talvez melhorem. Para bem de todos. 
«DN» de 14 Nov 12

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1 Comments:

Blogger JARRA said...

O mesmo se aplica aos hospitais, escolas, etc - se os poderosos e influentes os deixarem de frequentar tornam-se insalobres!

15 de novembro de 2012 às 10:25  

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