A procuradora Cândida
Por Alberto Gonçalves
PARA
que serviu a excelentíssima senhora procuradora Cândida Almeida, agora
enxotada das funções no DCIAP? Para, entre outras coisas bonitas,
chefiar a investigação a uma série de casos duvidosos ligados à política
e à finança, do Freeport aos submarinos, do Monte Branco às Parcerias
Público-Privadas, e, no fim, concluir jovialmente que "os nossos
políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são
dirigentes corruptos, Portugal não é um país corrupto".
Cândida,
de facto. O Índice de Percepção da Corrupção, elaborado pela
Transparência Internacional (TI), coloca-nos em 33.º lugar na matéria em
2012, três degraus acima do lugar de 2011 mas, ainda assim, nos
fundilhos do Ocidente. Salvo pelo último ano, Portugal mostra uma
tendência longa e inabalável para se afundar na tabela, onde por exemplo
em 2006 ocupava o 26.º posto. De resto, mesmo sem a ajuda de
instituições externas, o cidadão médio é capaz de concluir sem
dificuldades que os negócios caseiros assentam mais na impunidade do que
na honestidade. Ou o cidadão médio é idiota e a TI trapaceira ou a
excelentíssima senhora procuradora não procurou bem.
«DN» de 24 Fev 13 (parte) Etiquetas: AG, autor convidado
2 Comments:
Que é lá isso?
A senhora não procurou bem? Ora essa!
Por isso, e como, segundo as palavras dela: "os nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são dirigentes corruptos, Portugal não é um país corrupto", eu só me admirava é como é que ela se mantinha no cargo. Não percebia o que estava ela a fazer, uma vez que esse cargo não tinha, afinal, razão de ser.
Claramente...
Mas a senhora é uma ternurinha!
Aquele modo de falar, aquela candura (sem piada...)...
Em resumo: eu adorava ter uma tia assim!
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