24.2.13

A procuradora Cândida

Por Alberto Gonçalves
PARA que serviu a excelentíssima senhora procuradora Cândida Almeida, agora enxotada das funções no DCIAP? Para, entre outras coisas bonitas, chefiar a investigação a uma série de casos duvidosos ligados à política e à finança, do Freeport aos submarinos, do Monte Branco às Parcerias Público-Privadas, e, no fim, concluir jovialmente que "os nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são dirigentes corruptos, Portugal não é um país corrupto".
Cândida, de facto. O Índice de Percepção da Corrupção, elaborado pela Transparência Internacional (TI), coloca-nos em 33.º lugar na matéria em 2012, três degraus acima do lugar de 2011 mas, ainda assim, nos fundilhos do Ocidente. Salvo pelo último ano, Portugal mostra uma tendência longa e inabalável para se afundar na tabela, onde por exemplo em 2006 ocupava o 26.º posto. De resto, mesmo sem a ajuda de instituições externas, o cidadão médio é capaz de concluir sem dificuldades que os negócios caseiros assentam mais na impunidade do que na honestidade. Ou o cidadão médio é idiota e a TI trapaceira ou a excelentíssima senhora procuradora não procurou bem.
«DN» de 24 Fev 13 (parte)

Etiquetas: ,

2 Comments:

Blogger José Batista said...

Que é lá isso?
A senhora não procurou bem? Ora essa!
Por isso, e como, segundo as palavras dela: "os nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são dirigentes corruptos, Portugal não é um país corrupto", eu só me admirava é como é que ela se mantinha no cargo. Não percebia o que estava ela a fazer, uma vez que esse cargo não tinha, afinal, razão de ser.
Claramente...

24 de fevereiro de 2013 às 16:47  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Mas a senhora é uma ternurinha!
Aquele modo de falar, aquela candura (sem piada...)...
Em resumo: eu adorava ter uma tia assim!

24 de fevereiro de 2013 às 18:40  

Enviar um comentário

<< Home