27.11.13
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6 Comments:
Creio que devíamos fazer um esforço para perceber que conceitos como "direitos humanos" ou "democracia" não têm em África o mesmo significado que têm em muitos países ditos "ocidentais".
E depois, nos países ditos "ocidentais" os interesses sobrepõem-se aos conceitos de democracia e direitos humanos que eses países dizem partilhar.
Ora, África precisava de uma boa dúzia de Mandelas, que não há, nem vai haver. E mesmo o que há passou 28 anos na prisão por causa, essencialmente, dos interesses e da cultura dos ditos países ocidentais.
Um drama.
Por isso tendo a pensar como Ferreira Fernandes...
Maneiras com alguma eficácia de ajudar as populações dos países (mais) miseráveis seriam expandir o mais que se possa, e pelos meios possíveis, o acesso das pessoas a meios como a internet, que tem os seus perigos, e não é nada fácil, porque isso custa dinheiro, e o dinheiro é (quase) tudo; outra maneira era receber as pessoas que fogem desses países, e de que a Europa precisa até para inverter a falência da demografia, e facultar-lhes o acesso à educação e à ciência. Mas como, se temos (um) medo (irracional) que nos tirem os empregos?
Ora, aqui é que eu julgava necessária a acção política de quem visse mais e mais longe... Mas, os interesses, sempre os interesses...
Porque o mundo não se governa por princípios nem por boas intenções. O mundo move-se por interesses (sempre os interesses) e por paixões.
Por isso não sei se a humanidade tem remédio...
Ambos os livros focam o período do fim do séc. XIX / início do XX.
As nações europeias haviam repartido a África (e parte da Ásia) entre si, criando-se o Congo francês (Brazzaville onde, por sinal, eu estive) e o Congo belga (Leopoldville/Kinshasa).
O livro de Llosa dedica especial atenção ao Congo belga que, supostamente, ia ser civilizado, com carradas de leis, tecnologia e religião.
À mistura, foi para lá toda a casta de aventureiros, criminosos, militares desqualificados, etc., com o único fim de enriquecerem à conta dos pretos (no caso referido trata-se de extrair borracha em trabalho 'quase' escravo).
A personagem do livro de Llosa (que deve ter existido) foi inspeccionar o país para ver se era verdade o que se começava a ouvir dizer nos jornais e no Parlamento inglês (em termos de atrocidades). Confirmou-as, e viu muito mais.
Como era de prever, os seus relatórios de pouco serviram, e tudo continuou como dantes.
Depois, a personagem faz a ligação do colonialismo belga (face ao Congo) com o inglês (face à Irlanda do Norte) e tem chatices.
O que torna este livro de Llosa particularmente interessante são as referências ao fabuloso «O Coração das Trevas», do Conrad, que a personagem conheceu bem e de quem fala muito.
E - espanto! - Conrad, que até nem era inglês, recusa-se a apoiá-lo (num simples abaixo-assinado) quando ele é preso por subversão e condenado à morte!
Depois do comentário do amigo Carlos Medina Ribeiro (espero que não se importe que o trate assim, porque quem tem um sítio assim e é uma pessoa assim é meu amigo) tenho que ler o livro de J. Conrad, porque, dos dois, só li o do Llosa.
Amigo J.Batista,
Este livro do Conrad, juntamente com o «Lord Jim», são consideradas as 2 obras-primas do autor.
Ao contrário do outro, «O Coração das Trevas» lê-se numa noite-
Já o li 2 vezes, e de cada vez há uma leitura nova!
Caríssimo Medina,
Mais uma vez obrigado.
Hoje estive já com o livrinho na mão. Esse exemplar faz parte do espólio que vai ser posto à venda na feira do livro usado da minha escola, que vai abrir na próxima segunda feira. Como os preços costumam ser de arromba e o livro é uma obra-prima, vai sair-me a taluda. Se ninguém o levar antes de mim...
E é mesmo bem feito que já não o apanhe...
Ainda bem que conseguiu encontrá-lo.
A edição da VISÃO (de que mostro a capa) já quase se não encontra em lado nenhum.
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