O desnorte
Por Antunes Ferreira
QUINTA-FEIRA passada foi um marco no desnorte do
(des)Governo. Foi o que pode considerar um dia horribilis. Se se entendesse
necessário encontrar uma justificação para o que acaba de afirma, bastaria
referir que nunca se tinham verificado em Portugal tantos desencontros na
maioria parlamentar, no (des)Governo, na Presidência da República, na União
Europeia e no Fundo Monetário Internacional. Resumindo: cada cabeça, cada
sentença.
O dia começou mal, com o ministro da Presidência e dos
Assuntos Parlamentares a lamentar que nem sempre o que afirmam os responsáveis
máximos dos organismos internacionais coincida com o que os técnicos da Troica
depois defendem nas reuniões em Portugal. Pouco faltou para que Marques Guedes
lançasse uma advertência à entidade de três organismos que vêm governando o
nosso país: Falem em consonância, porra! Não o disse, mas se me permitem extrapolo. (...)
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