Francisco e o Natal
Por Antunes Ferreira
O comentário de hoje não é um comentário mas apenas excertos
das palavras proferidas pelo Papa Francisco, entremeadas de pequenos textos
jornalísticos que apenas servem para ligar as afirmações do Sumo Pontífice. Recorde-se que Jorge Mario Bergoglio, é o 266.º papa da Igreja Católica e actual
Chefe de estado do Vaticano. O Papa argentino tem vindo a fazer
afirmações durante o seu pontificado que primam pela verticalidade, pela
lucidez e pela coragem.
Não gosto de papas, nem as de
milho, muito menos das de linhaça, nem dos papa-açordas, nem dos sebastiões que
papam tudo sem colher. Porém, e para mim, este Francisco enfeitiçou-me. Mesmo
repetindo que fui católico, mas… curei-me. Diz a Santa Madre Igreja Católica
Romana e Apostólica que os papas são os representantes de Cristo na terra e
tiveram como primeiro antepassado o discípulo Pedro que aliás antes de ser a
pedra sobre que se ergueria a citada Igreja, e depois de Jesus já estar preso o
negou por três vezes, de acordo com o Novo Testamento.
Nele se relata que, durante a última ceia com os seus apóstolos, Jesus previu
que Pedro iria negar conhecê-Lo, afirmando que ele o renegaria antes que o galo
cantasse na manhã seguinte. Após a prisão
do Mestre, Pedro negou conhecer Jesus três vezes, mas, após a terceira,
ouviu o galo e lembrou-se da profecia. Pedro então começou a chorar
amargamente. Este incidente final é conhecido como o Arrependimento de Pedro. Mas, para que se não diga que o autor renegou a
afirmação que fez no início deste escrito, vamos às palavras do papa Francisco.
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"Estamos perto do
Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, (...) mas é tudo
falso. O mundo continua em guerra, a fazer as guerras, não compreendeu o
caminho da paz", lamentou o pontífice, na homília da missa matinal, no dia
em que foi instalado na praça de São Pedro um grande pinheiro para as
festividades de Natal.
"Existem hoje
guerras em toda a parte e ódio. (...) E o que resta? Ruínas, milhares de
crianças sem educação, tantos mortos inocentes, tantos. E tanto dinheiro nos
bolsos dos traficantes de armas", denunciou. Para ele “a guerra é a
escolha de quem prefere as «riquezas» ao ser humano.” (…) "Os que lançam a
guerra, que fazem as guerras, são malditos, são delinquentes", reforçou
o pontífice, defendendo que a actual situação do mundo não tem justificação. "Devemos pedir a graça de chorar por
este mundo, que não reconhece o caminho para a paz. Para chorar por aqueles que
vivem para a guerra e que têm o cinismo de o negar".
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De acordo com a comunicação social, o pinheiro com 25 metros
de altura instalado na praça de São Pedro é oriundo da terra natal do anterior
papa e actual papa emérito Bento XVI, o estado da Baviera, no sul da Alemanha. A
árvore, que estará pronta a tempo do início do ano santo (Jubileu da
Misericórdia) a 8 de Dezembro, será enfeitada com ornamentos feitos por
crianças com cancro que estão internadas em vários hospitais italianos.
Este ano, o presépio do Vaticano será composto por 24
figuras em tamanho natural, esculpidas em madeira e pintadas à mão. No
seguimento do estilo simples e fraterno do papa Francisco, ao lado das figuras
habituais da história do nascimento de Jesus, a composição terá também
esculturas de pessoas comuns, como um homem a ajudar uma pessoa idosa.
Penso que valeu a pena, estou certo de que as palavras de
Francisco foram muito superiores a um qualquer comentário que o autor fizesse.
Poderia ter escolhido a cegada interpretada por Cavaco sobre a formação do novo
Governo, o que pela demora incrível dele está a adiar a solução da crise que
persiste. Poderia, ainda, ter escolhido como tema de comentário o hediondo
crime cometido em Paris pelo auto intitulado Estado Islâmico, do que
resultaram, pelo menos, 129 mortos..
Em alternativa ainda poderia ter optado por outro e terrível
crime da autoria dos mesmos fanáticos: o abate do avião russo que voava sobre o
Egipto e eu se saldou por 224 mortos; e não faltariam motivos para o
espectáculo (que o autor presenciou em directo numa televisão de Bucareste)
ridículo de no governo de tecnocratas, chefiado por Dacian Ciolos, para ministra da Justiça ter
sido indicada uma… engenheira, que face aos protestos de toda a comunidade
jurídica da Roménia, acabou por ser substituída por uma advogada…
Mas escolhi as palavras do Papa Francisco sobre o Natal e as
guerras. E creio que foi uma escolha acertada…
Etiquetas: AF
3 Comments:
Sim, foi um boa escola e o texto é muito belo.
Parabéns e obrigado.
Que raio de comentário ali me ficou. Devia ter ficado assim:
"Sim, foi uma boa escolha e o texto é muito belo.
Parabéns e obrigado."
Ao autor, as minhas desculpas.
Pfff... Papas... Nojo, simplesmente.
No Vaticano ninguém chega a Papa se não for um pulha.
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