21.11.15

Francisco e o Natal

Por Antunes Ferreira
O comentário de hoje não é um comentário mas apenas excertos das palavras proferidas pelo Papa Francisco, entremeadas de pequenos textos jornalísticos que apenas servem para ligar as afirmações do Sumo Pontífice. Recorde-se que Jorge Mario Bergoglio, é o 266.º papa da Igreja Católica e actual Chefe de estado do Vaticano. O Papa argentino tem vindo a fazer afirmações durante o seu pontificado que primam pela verticalidade, pela lucidez e pela coragem.
Não gosto de papas, nem as de milho, muito menos das de linhaça, nem dos papa-açordas, nem dos sebastiões que papam tudo sem colher. Porém, e para mim, este Francisco enfeitiçou-me. Mesmo repetindo que fui católico, mas… curei-me. Diz a Santa Madre Igreja Católica Romana e Apostólica que os papas são os representantes de Cristo na terra e tiveram como primeiro antepassado o discípulo Pedro que aliás antes de ser a pedra sobre que se ergueria a citada Igreja, e depois de Jesus já estar preso o negou por três vezes, de acordo com o Novo Testamento.
Nele se relata  que, durante a última ceia com os seus apóstolos, Jesus previu que Pedro iria negar conhecê-Lo, afirmando que ele o renegaria antes que o galo cantasse na manhã seguinte. Após a prisão do Mestre, Pedro negou conhecer Jesus três vezes, mas, após a terceira, ouviu o galo e lembrou-se da profecia. Pedro então começou a chorar amargamente. Este incidente final é conhecido como o Arrependimento de Pedro. Mas, para que se não diga que o autor renegou a afirmação que fez no início deste escrito, vamos às palavras do papa Francisco.
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"Estamos perto do Natal: haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, (...) mas é tudo falso. O mundo continua em guerra, a fazer as guerras, não compreendeu o caminho da paz", lamentou o pontífice, na homília da missa matinal, no dia em que foi instalado na praça de São Pedro um grande pinheiro para as festividades de Natal.
"Existem hoje guerras em toda a parte e ódio. (...) E o que resta? Ruínas, milhares de crianças sem educação, tantos mortos inocentes, tantos. E tanto dinheiro nos bolsos dos traficantes de armas", denunciou. Para ele “a guerra é a escolha de quem prefere as «riquezas» ao ser humano.” (…) "Os que lançam a guerra, que fazem as guerras, são malditos, são delinquentes", reforçou o pontífice, defendendo que a actual situação do mundo não tem justificação. "Devemos pedir a graça de chorar por este mundo, que não reconhece o caminho para a paz. Para chorar por aqueles que vivem para a guerra e que têm o cinismo de o negar".
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De acordo com a comunicação social, o pinheiro com 25 metros de altura instalado na praça de São Pedro é oriundo da terra natal do anterior papa e actual papa emérito Bento XVI, o estado da Baviera, no sul da Alemanha. A árvore, que estará pronta a tempo do início do ano santo (Jubileu da Misericórdia) a 8 de Dezembro, será enfeitada com ornamentos feitos por crianças com cancro que estão internadas em vários hospitais italianos.
Este ano, o presépio do Vaticano será composto por 24 figuras em tamanho natural, esculpidas em madeira e pintadas à mão. No seguimento do estilo simples e fraterno do papa Francisco, ao lado das figuras habituais da história do nascimento de Jesus, a composição terá também esculturas de pessoas comuns, como um homem a ajudar uma pessoa idosa.
Penso que valeu a pena, estou certo de que as palavras de Francisco foram muito superiores a um qualquer comentário que o autor fizesse. Poderia ter escolhido a cegada interpretada por Cavaco sobre a formação do novo Governo, o que pela demora incrível dele está a adiar a solução da crise que persiste. Poderia, ainda, ter escolhido como tema de comentário o hediondo crime cometido em Paris pelo auto intitulado Estado Islâmico, do que resultaram, pelo menos, 129 mortos..
Em alternativa ainda poderia ter optado por outro e terrível crime da autoria dos mesmos fanáticos: o abate do avião russo que voava sobre o Egipto e eu se saldou por 224 mortos; e não faltariam motivos para o espectáculo (que o autor presenciou em directo numa televisão de Bucareste) ridículo de no governo de tecnocratas, chefiado por  Dacian Ciolos, para ministra da Justiça ter sido indicada uma… engenheira, que face aos protestos de toda a comunidade jurídica da Roménia, acabou por ser substituída por uma advogada…

Mas escolhi as palavras do Papa Francisco sobre o Natal e as guerras. E creio que foi uma escolha acertada…

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3 Comments:

Blogger José Batista said...

Sim, foi um boa escola e o texto é muito belo.
Parabéns e obrigado.

22 de novembro de 2015 às 19:13  
Blogger José Batista said...

Que raio de comentário ali me ficou. Devia ter ficado assim:
"Sim, foi uma boa escolha e o texto é muito belo.
Parabéns e obrigado."
Ao autor, as minhas desculpas.

23 de novembro de 2015 às 08:52  
Blogger Leo said...

Pfff... Papas... Nojo, simplesmente.
No Vaticano ninguém chega a Papa se não for um pulha.

26 de novembro de 2015 às 22:26  

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