As dívidas e as dúvidas
Por C. Barroco Esperança
A falência do Lehman Brothers Holdings Inc, em 2008, precipitou a crise das dívidas soberanas, perante a inércia do Banco Central Europeu e a péssima liderança da União Europeia, do Conselho e da Comissão, durante a maior convulsão financeira da história do capitalismo.
Subiram vertiginosamente os juros e dilataram-se as despesas dos Estados para salvar os empregos, sob aconselhamento dos órgãos da UE. Os países periféricos, com economia mais débil, viram as suas dívidas tornarem-se impagáveis e, enquanto caminhavam para a insolvência, fingiram que podiam pagá-las e os credores que esperavam recebê-las.
A dívida soberana de Portugal, à semelhança da de vários outros países, é impagável, e a dos privados é-o ainda mais. A primeira ronda os 130% do PIB e a segunda (empresas + particulares), atinge o dobro (260%).
O governo PSD/CDS, que a militância partidária enviesada de Cavaco Silva considerou excelente, com a mesma benevolência com que julgará sofrível o desempenho próprio, herdou em 31 de maio de 2011 uma dívida 164.348 milhões de euros e no mesmo dia, 4 anos depois, ascendia a 224.155 milhões de euros.
Como foi possível tal desastre, com os juros mais baixos da história, a drástica descida do preço dos combustíveis fósseis e a maior deterioração do valor do trabalho, em tão curto espaço de tempo? A única vitória da última legislatura do governo de direita foi a depreciação do trabalho, à custa do desemprego, e o enfraquecimento do Estado, através das precipitadas privatizações que inviabilizam a capacidade de resposta estatal.
Foi neste quadro trágico que Cavaco Silva, depois de ter sido cúmplice do governo que conduziu o Estado à incapacidade de relançar a economia, ou seja, à impossibilidade de permitir uma alternância do poder, ainda tentou pateticamente impedir a mera alternância partidária.
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Subiram vertiginosamente os juros e dilataram-se as despesas dos Estados para salvar os empregos, sob aconselhamento dos órgãos da UE. Os países periféricos, com economia mais débil, viram as suas dívidas tornarem-se impagáveis e, enquanto caminhavam para a insolvência, fingiram que podiam pagá-las e os credores que esperavam recebê-las.
A dívida soberana de Portugal, à semelhança da de vários outros países, é impagável, e a dos privados é-o ainda mais. A primeira ronda os 130% do PIB e a segunda (empresas + particulares), atinge o dobro (260%).
O governo PSD/CDS, que a militância partidária enviesada de Cavaco Silva considerou excelente, com a mesma benevolência com que julgará sofrível o desempenho próprio, herdou em 31 de maio de 2011 uma dívida 164.348 milhões de euros e no mesmo dia, 4 anos depois, ascendia a 224.155 milhões de euros.
Como foi possível tal desastre, com os juros mais baixos da história, a drástica descida do preço dos combustíveis fósseis e a maior deterioração do valor do trabalho, em tão curto espaço de tempo? A única vitória da última legislatura do governo de direita foi a depreciação do trabalho, à custa do desemprego, e o enfraquecimento do Estado, através das precipitadas privatizações que inviabilizam a capacidade de resposta estatal.
Foi neste quadro trágico que Cavaco Silva, depois de ter sido cúmplice do governo que conduziu o Estado à incapacidade de relançar a economia, ou seja, à impossibilidade de permitir uma alternância do poder, ainda tentou pateticamente impedir a mera alternância partidária.
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Etiquetas: CBE
4 Comments:
Acho que o enviezado e pateta é a sua fraca condição e de argumentos.
Contradição; proclama que o terror vem de 2008 com o Lemon Brotheres e depois berra que foi CAVACO e Passos o causador. Em que ficamos?
Quando se é cego diz-se estes disparates.
Se CAVACO pudesse era bem capaz de ter outra maioria.Descontando o seu voto, claro
A partir de agora ponha o contador a zeros ou em 500.000 emigrados e conte os regressados com bons empregos e bons salários. Não se esqueça de carregar no botão!Aparece tudo ao 1º toque.
Passe bem.
Uma "radiografia" sucinta e (que me parece) exacta.
Há procedimentos, a nível internacional (e nacional) que deviam ser crime. Mas não são. Esperamos que por enquanto.
Felicito-o, caro CBE.
Quem ganhou as eleições legislativas de 2015?
Aritmética explicada aos alunos da antiga 1.ª classe do ensino primário
Há 3 qualidades de indivíduos a quem é preciso explicar a aritmética básica: desonestos, analfabetos e antidemocratas.
Contrariamente ao alarido que a comunicação social ao serviço da pior direita destes 40 anos apregoa, do que diz o secretário da Propaganda sediado em Belém e do que dizem os derrotados nas últimas eleições legislativas, estes foram os únicos derrotados.
O PSD, partido mais votado, perdeu 19 deputados e o seu ornamento, o CDS, perdeu 6. Perderam ambos e apesar da união de facto, que os favoreceu, perderam 25 deputados.
Pelo contrário, os partidos que viabilizaram o XXI Governo Constitucional ‘TODOS’ ganharam. O PS ganhou 12 deputados, o BE 11, o PCP 1, o PV manteve-se inalterável e o PAN elegeu pela primeira vez 1 deputado.
Aqui ficam os resultados, respetivamente de 2011 e 2015
PSD – 108 – 89 (-19)
CDS – 24 – 18 ( -6)
PS – 86 – 74 (+12)
PCP – 13 – 14 (+ 1)
BE – 8 – 19 (+11)
PEV – 2 – 2 ( = )
PAN – 0 – 1 (+ 1)
Grunham, uivem, ululem, grasnem, crocitem e rosnem, os resultados são o que são e não o que desejavam. O resto é guerrilha antidemocrática de quem quer excluir da vida política partidos que os eleitores sufragaram.
Carlos B. Esperança, enquanto professor, foi assim que explicou a Aritmética aos seus alunos?
Coitados dos seus alunos!
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