13.3.05

Depois de ouvida a minha porteira...

Cartaz de homenagem a Billy the Kid, um apologista do

«Vamos gamar p' astrada!».

Em fundo, vê-se uma vintena de entendidos em finanças públicas portuguesas - a quem os compatriotas, perante a ameaça de aumento do IVA, sugeriram que fossem também "roubar para a estrada".

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1 - Manuela Ferreira Leite informou-nos, um dia, que mais de 50% das empresas portuguesas apresentam sistematicamente prejuízos.

2 - Anteontem, soubemos que há mais de 250.000 que nem sequer têm esse problema... porque, simplesmente, nem fazem a respectiva declaração.

3 - A solução debitada pelos sábios do costume (porventura depois de ouvirem a minha porteira e a senhora que vem cá ao prédio lavar as escadas) foi, segundo o Expresso-online de ontem:
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OS FISCALISTAS não têm dúvidas. Perante a inevitabilidade do aumento de impostos, a vítima será novamente o IVA. O antigo ministro das Finanças Medina Carreira vai mais longe e diz que é «insuficiente um aumento inferior» a dois pontos percentuais. Neste caso, a taxa de IVA subiria de 19% para 21% e Luís Campos e Cunha repetiria a dose de Manuela Ferreira Leite. Há três anos, a antiga ministra das Finanças estreou-se no Terreiro do Paço elevando o IVA de 17% para 19%.

Outro ex-ministro das Finanças, Miguel Beleza, defendeu na última semana a subida do IVA para 20%.

Também o último boletim do Banco de Portugal antecipa um possível aumento de impostos indirectos. Como seria «irrealista» que num só ano o défice caísse mais de 2% do PIB, o governador Vítor Constâncio alerta que a tomada de novas medidas efectivas de aumento das receitas em 2005 «tem tanto de difícil como de inexorável».

O Ministério das Finanças estima que cada ponto na taxa de IVA aumenta as receitas fiscais em €500 milhões, um montante idêntico à perda estimada com a descida da taxa de IRC para 25%.

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Curiosidade em relação a esses 500 milhões:

Segundo o governo cessante, a fuga ao fisco está avaliada em 40 VEZES isso (o que, como é do conhecimento público, parece não preocupar ninguém - muito menos os sábios...)