O regresso do morto-vivo
Cena 1: Pisamos uma pastilha-elástica - coisa horrorosa, pois não há maneira de nos livrarmos dela totalmente!
Cena 2: Tentamos tirar um adesivo de um dedo: fica colado no outro, e assim sucessivamente - coisa horrorosa, pois não há maneira de nos livrarmos dele totalmente!
Cena 3: Estamos a ter um pesadelo mas, mesmo no decorrer do sonho, temos a noção de que, quando acordarmos, tudo voltará a estar bem - coisa horrorosa é descobrirmos que, afinal, o pesadelo é real!
Cena 4: Em 20 de Fevereiro, o país livra-se de Santana Lopes, e respira de alívio pelo fim do pesadelo.
Mas eis que, no dia 14 de Março, e tal com na Cena 3, coisa horrorosa...
7 Comments:
Deixo-lhe aqui parte de um artigo de Moita Flores, que não conheço de lado nenhum a não ser do que escreve, retirada do CM e que subscrevo.
Casos de polícia
FOGE CÃO, QUE TE FAZEM BARÃO!
"Nunca votei nele e neste momento, mais por revolta contra a hipocrisia dominante do que por convicção pessoal estou do seu lado. Que fez este homem de tão mau, de tão vil, tão ruim que mereça a sucessão de enxovalhos (...)"
Cumprimentos
Isabel Magalhães
Claro que é legal o retorno dele à CML, mas faz mal - a ele, a nós e ao seu partido.
Além do mais, há uma regra básica da boa-educação que diz que, quando nos mandam embora da casa de alguém, devemos sair sem discutir.
Ora os portugueses "convidaram-no a desaparecer" (passe o eufemismo), e ele fez-se de desentendido.
Curiosamente, acabou de ser eleito deputado, mas ele recusou o lugar!
No fundo, todos sabemos que o que o move é o "ego", as mordomias, os carros, os motoristas, os assessores, os holofotes, a Moda Lisboa...
Nem mesmo o PSD lhe vai agradecer o regresso, pois será a melhor garantia de que perderá Lisboa.
Curiosamente, eu até seria capaz de votar no Carmona Rodrigues - que me parece pessoa séria, trabalhadora e honesta.
Para além de subscrever as palavras de Carlos Medina Ribeiro, acrescento ainda que este "homem", de nome Santana Lopes, não se contentou em estagnar o desenvolvimento do nosso país, tendo contribuido em muito para o acentuar do panorama assustador de crise económica. Não se ataca o homem... mas sim o político sem política!
Acho que não pensou bem no que acabou de escrever.
"Ego", "mordomias", "carros"...?! E que outros políticos que o Senhor conheça, enjeitam tais coisas? Pode gostar-se ou não de PSL - nem Cristo agradou a todos - mas há a obrigação de uma crítica honesta, e a PSL foi-lhe exigido que em quatro meses fizesse o que outros não fizeram em seis anos!
Julgo não valer a pena continuar; o CMR é uma pessoa esclarecida...
Quanto a mim, sou portuguesa, vivo cá, respeito a alternãmcia democrática e desejo o melhor para o meu País.
Cumprimentos.
Isabel Magalhães
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No «DN» de 18 Fev 05:
Santana Lopes reconheceu, recentemente, que os seus quatro meses de governação foram pontuados por algumas peripécias menos felizes - para em seguida se queixar de que, quando contava corrigir o rumo, foi despedido.
Ou seja: se lhe tivessem dado tempo, teria provado que era um bom governante.
Curiosamente, esse raciocínio remete-nos para Bertrand Russell que, no seu livro «Porque não sou Cristão», analisa o chamado Argumento da Reparação da Injustiça, segundo o qual este mundo é tão injusto que tem de haver uma vida futura capaz de estabelecer o equilíbrio da existência cá na Terra.
A isso, contra-argumenta o grande filósofo:
«Suponhamos que recebeis um cabaz de laranjas e, ao abri-lo, descobris que as de cima estão apodrecidas. Por certo que não direis: "debaixo devem estar sãs para que o equilíbrio seja restabelecido", mas sim: "é provável que tudo esteja estragado"».
Ora veja-se como Santana Lopes e o PPD-PSD têm razão quando se queixam do mundo:
É que Russel não falou de uma fruta qualquer, mas foi logo escolher, para o seu eloquente exemplo...
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CMR
Explicação da expressão «Foge, cão,que fazem de ti barão!» (referida em cima):
Em fins de Monarquia, numa altura em que se davam condecorações a-torto-e-a-direito (como agora - dir-se-á...), dizia-se essa frase - a que, supostamente, o bicho retorquia:
«Para onde, se fazem de mim conde?!!»
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