8.7.05

O lixo em destaque ou DESTAK para o lixo?

O JORNAL «metro» já vai no seu 2º ano de publicação e o «DESTAK» no 4º.

No entanto, ao fim deste tempo todo, o par não se destaca só por (felizmente) ter aumentado os níveis de leitura dos lisboetas; destaca-se também por (infelizmente) ter aumentado os níveis de lixo: nas carruagens, nas estações, nas ruas de Lisboa... - enfim, um pouco por todo o lado.

Claro que a responsabilidade última é dos lisboetas que os largam no chão (ou onde calha), mas já se sabe que o civismo (especialmente quando, à partida, já não é muito...) também tem de ser ajudado.

Recentemente, foi preciso uma vereadora d' Os Verdes levantar o problema na Assembleia Municipal pedindo - quase por amor de Deus! - que alguém descesse à Terra e se dignasse colocar uma dúzia de recipientes onde se pudessem deitar os jornais usados!

Como já vem sendo hábito, houve quem não se desse ao trabalho, sequer, de responder; mas quem o fez recorreu ao palavriado-de-chacha que tão bem caracteriza os «incompetentes até à 5ª casa decimal» que pululam por aí:

«O caso vai ser pensado», «O assunto está a ser estudado».

Olha se não fôssemos um povo de pensadores e estudantes, hem?!

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Este texto, com o título «Um povo de pensadores», veio a ser publicado, em 12 Jul 05, no «Público» / Local

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Correcção: onde está "vereadora", deveria estar "deputada municipal"

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois é, agora está na moda "Não responder".

Ministérios, Câmaras, jornais, hospitais, etc, quando são questionados sobre qualquer problema em que são "suspeitos"... resolvem o assunto não respondendo.

«Tentámos contactar um responsável ou um porta-voz mas ninguém se mostrou disponível» - é uma frase inadmissível que ouvimos todos os dias na Comunicação Social.

Ou são idiotas que porlá andam, ou são incompetentes que não sabem, ou apenas tontinhos que não se querem comprometer.

Mas, no mínimo, passam - simplesmente - por malcriados.

E.R.R.

8 de julho de 2005 às 22:23  
Anonymous Anónimo said...

Essa resposta do "está em estudo" é de facto típica de estúpidos e/ou incompetentes.
É o tal caso do "vamos resolver o problema", o que mostra que não foram capazes de o "prever" (mesmo tratando-se de um simples caixote para papéis!)
O pior é que, no caso denunciado neste post, nem uma coisa nem outra, e aposto que vamos continuar a ver esses jornais a juncar o chão da cidade por muitos e bons anos!

M. Rodrigo

8 de julho de 2005 às 22:29  
Anonymous Anónimo said...

Já se esqueceram da história do Isaltino de Morais que, numa praia, foi lançando ao vento as folhas do jornal que ia lendo? (E no fim apagou o charuto na areia).
E era aquela alminha ministro do Ambiente!

8 de julho de 2005 às 22:33  
Anonymous Anónimo said...

O problema, meus caros, é que «quem decide» não anda de transportes públicos.
As sumidades que não põem uma dúzia de caixotes-para-papéis VIVEM NOUTRO MUNDO, um mundo de assessores, motoristas, secretárias, etc.
Estão-se "nas tintas" para carruagens de metro limpas ou sujas, pois nem sabem o que é isso (nem querem saber).

Não viram o espantoso-espanto do Sampaio, há dias, a propósito do IC19?
Dizia ele: «Ah! Eu não fazia a mínima ideia que isto era assim!».
Pois se não fazia ideia, devia fazer, senhor Presidente. E, nesse aspecto, teria feito melhor figura se estivesse calado!

8 de julho de 2005 às 22:46  
Anonymous Anónimo said...

O problema da "não resposta" é também porque os "senhores" eleitos acham que, desde o momento que têm a autoridade(!) deixam de ter de prestar contas, quando DEVIA ser ao contrário, eles são eleitos para nos representar, como tal têm de prestar ainda MAIS contas do que antes. Mas os senhores, até ficam ofendidos se se lhes diz semelhante coisa, e ainda consideram o gajo que o propos como tendo falta de urbanidade(!). Como tal, segundo a ideia em voga na tugolândia (borrifo-me para o que se passa nos outros países), EU sou eleito, como tal a partir de agora, faço o que me apetece e vocês baixam a bolinha. Viva a Res Publica e a Demos Cracia. Pobres gregos!!!!

FJMMC

11 de julho de 2005 às 08:50  

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