30.7.05

Rosa-choque


EM 23 de Janeiro, no post intitulado «Rosa-choque ou Choque-rosa??» , gozava-se com os inúmeros choques que nos iam sendo propostos pelos partidos TODOS:

Desde o B.E. (com um Choque de Qualificações) até ao CDS/PP (com um Choque de Valores), nenhum deles escapava à tentação do ridículo - pareciam putos traquinas a quem tivessem dado uma daquelas pistolas (TASER) que dão choques de 50.000 V («Ó simpático, vai um tirinho?»).

Nessa altura, ainda o PS (que também já tinha o seu choque, o Tecnológico) nos garantia que António Guterres ia ser candidato a P.R. (*), pelo que, nesse post, se procurava fazer humor relacionando a palavra choque com o facto de Guterres ser engenheiro electrotécnico.

Claro que esta imagem, que me chegou hoje, foi inspirada no mesmo trocadilho. Só que Guterres já não pode valer ao electrocutado...

(*) Por sinal, a rábula até foi muito elucidativa pois, enquanto Guterres dizia que não, Sócrates piscava-nos o olho garantindo: «Ora, ora... Ele diz não, mas quer dizer sim...».
Nessa altura não achei graça ao facto de ele dizer que Guterres nos estava a intrujar: «O bom julgador por si se julga» - era o aforismo que me vinha à mente. E BINGO!

Em "Comentário-1" pode ler-se um artigo publicado no «Expresso» precisamente sobre o facto de alguns políticos - como era o caso - já não terem sequer pejo de afirmar publicamente que mentir faz parte da sua profissão!

2 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

CAND(IDAT)URAS...

Nos debates que têm antecedido a escolha do novo Secretário Geral do PS tem-se falado da possibilidade de António Guterres vir a ser candidato a Presidente da República - pelo menos, José Sócrates tem feito passar essa ideia; e da mesma forma, no PPD/PSD, de vez em quando lá aparece algo semelhante em relação a Cavaco Silva (*).

E não haveria nada de mal nisso se os principais interessados não aparecerem sempre a desmentir tudo, com Guterres a dizer, inclusivamente, que nem sequer é «candidato a candidato»! Então em que ficamos?!

Claro que, seja o que for que aconteça, não terá consequências para ninguém em termos de credibilidade - pois toda a gente sabe que o recurso à «inverdade» é uma espécie de direito divino a que muita gente se arroga, nomeadamente entre a classe política.

Além de que há mentiras e mentirinhas: quantas vezes dizemos «Bom dia!» a alguém quando, na realidade, queremos é que lhe caia o telhado na cabeça?

No fim de contas, é bem possível que Cavaco e Guterres estejam a fazer como o Mestre de Avis quando, em 1385, o quiseram fazer rei: fartou-se de dizer que não queria, mas estava mortinho por aceitar!

Se é isso, seria muito bem-feito se lhes acontecesse o mesmo que à menina gulosa a quem a tia (que o não era menos) ofereceu um doce:

- De facto, eu disse por duas vezes que não queria, mas à terceira, como me ensinaram, ia aceitar... Só que a tia não esperou, disse «Ainda bem!», e truca!, engoliu-o... e de uma vez só!

(*) Fazem-me lembrar Manuel Vilarinho, quando prometeu trazer Jardel da Turquia, para o Benfica, se ganhasse as eleições: «E ele ganhou e o Jardel não voltou...».

CMR - «Expresso»/«Carta Branca»

www.janelanaweb.com/humormedina/cartas_brancas141.html

30 de julho de 2005 às 13:37  
Anonymous Anónimo said...

No's e' q ja' estamos chocados c/ essa malta toda!
Nao sera' possi'vel manda'-los brincar p/ os carrinhos de choques?

31 de julho de 2005 às 00:25  

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