11.8.05

Estes dois livros formam um par curioso

NO PRIMEIRO, publicado em 1933, Maigret já está reformado e vai ajudar um desastrado sobrinho que entrou para a P.J. «com o pé-esquerdo»...

No segundo, 32 anos depois, o comissário afinal é mais novo!; mas já tem 53 anos e está aborrecido porque em breve, aos 55 (!!), vai ser forçado a reformar-se!


Curiosidade 1: A pressão dos leitores obrigou a uma cambalhota ficcional ainda maior do que a ressurreição de Sherlock Holmes.

Curiosidade 2: A constatação de que uma reforma precoce (quando a pessoa ainda se sente com forças e gosta do seu trabalho) pode não ter nada de particularmente inteligente. Aliás, para muita gente que eu conheço, assemelha-se aos domingos - dias pelos quais ansiamos a semana inteira e que depois, muitas vezes, são de um tédio insuportável .

Na realidade, o que me faz pena na guerra actual em volta das idades das reformas, é que trabalhadores e sindicatos encaram o trabalho como um pesadelo de que é preciso libertarem-se o mais depressa possível!

Não é triste que, na maior parte dos casos, isso seja verdade?

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sim, de facto é verdade...

C.E.

11 de agosto de 2005 às 18:42  
Anonymous Anónimo said...

Tb está na moda (especialmente da parte de quem trabalha por conta própria) atacar os que se querem reformar antecipadamente.
Ora, se a reforma-antecipada for feita com uma penalização justa, qual é o problema?

Diz-se, por vezes, que a pessoa não deve reformar-se se ainda pode trabalhar.
Mas pode querer mudar de profissão.

Um jogador pode reformar-se e encetar outra carreira (profissional e contributiva).

Se os valores das reformas, das penalizações e dos descontos forem justos, qual é o problema?

CMR

11 de agosto de 2005 às 19:11  

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