«ACONTECE...» - Passatempo com dois prémios
Para esta fotografia de Carlos Pinto Coelho, o escritor Carlos Vale Ferraz escreveu um texto de que retiramos o seguinte excerto:"Se só existirem os deuses de quem gostamos, eu gosto deste, do seu sentido de humor e de justiça, da sua arte de construir ruínas amparadas por arcos elegantes, com calcários aristocráticos sobre um fundo de azuis infinitos, onde ele deixa pousar as silhuetas dos pombos suspensos num fio ou numa aresta em contra-luz.
Gosto deste deus artista, deste deus rebelde e avesso à tirania dos limites e da obscuridade."
(In "A Meu Ver", de Carlos Pinto Coelho - Edições ASA, 2006).
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O passatempo de hoje tem duas partes, a que correspondem outros tantos prémios.
1.ª - Onde foi feita esta fotografia?
O prémio será para o primeiro leitor que, em comentário, der a resposta certa mas - atenção! - só a partir das 10h de amanhã, dia 31 de Outubro.
2.ª - Simultaneamente será premiado o melhor texto que, até às 20h (também de amanhã), for afixado em "comentário", inspirado nesta imagem.
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A 1.ª parte do passatempo já terminou; o prémio foi ganho por Anita, a quem já foi enviado o livro que escolheu .
A 2.ª parte teve 3 vencedores (*) ex-aequo: Raposa Velha (10:18 PM), César David Sousa (12:48 PM) e Anónimo (2:30 PM de hoje). Pede-se-lhes, pois, que escrevam para sorumbatico@iol.pt (até às 24h de domingo) indicando qual o livro pretendido e morada para envio. Esperemos que as escolhas não recaiam sobre os mesmos livros, pois só há um exemplar de cada. O melhor será, até, que cada vencedor indique um outro, alternativo.
(*) Este foi o "prémio do júri". Está a decorrer, em post mais recente, uma votação dos leitores para atribuição do "prémio do leitor".
Etiquetas: CPC, Passatempos
Afixado por: Carlos Pinto Coelho às 18:30
33 Comments:
Para a 1.ª parte (atenção, não responder antes da hora indicada - a hora válida é a que o blogger afixa!), o prémio será um livro, a escolher pelo vencedor entre os seguintes:
Juvenis:
«Indiana Jones e o Círculo da Morte» (W. McCay)
«A Guerra dos Foguetões Machos» ( H. Pólvora)
«007 - De Novo Ordem para Matar» (Ian Fleming)
«Tarzan, o Terrível» (E.R.Burroughs)
«Os Cinco nos Rochedos do Demónio» (Enid Blyton)
«Os Sete e os Discos Voadores» (Enid Blyton)
«Uma Armadilha na Estalagem Sky Blue» (F.W. Dixon)
«A Volta ao Mundo em 80 dias» (J. Verne)
«Morangos com Açúcar - O Anel Egípcio» (C. Peixoto e M. Cunha)
«Morangos com Açúcar-Segredos da Ice Girl 1» (I. Gomes e V. Domingos)
«Os Diamantes de Lizy Jones» (H. Bichonnier)
«Não sou o Único - a biografia de Zé Pedro, dos Chutos e Pontapés» (H. Reis)
«O Predador» (K. A. Applegate)
«Viagem a um Mundo Fantástico» (J. Gaarder)
«Pocahontas» (Disney)
«A Estatueta Mágica» (D. Doyle e J. Macdonald)
«A Filha do Rei» (idem)
«O Segredo da Torre» (idem)
«Tobias e o Anjo» (S. Tamaro)
«O Rapaz do Rio» (T. Bowler)
«O Esconderijo Subterrâneo» (P. Wood)
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Ficção Científica
«A Porta da Montanha do Fogo» Colecção Argonauta (C.J.Cherryh);
«Uma Nova Esperança em Pern» (2 vol.) Colecção Argonauta (Anne McCaffrey);
«A História de Nerilka» (1 vol) (idem),
«A Dama de Couro» (Michel Grimaud)
«As Sementes do Tempo» (J. Wyndham)
«A Nebulosa de Andrómeda» (Iván Efrémov)
«Por Amor da Não-mãe» (A.D. Foster)
«Kryon» (Lee Carroll);
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Diversos
«Como Construir um Disco Voador» (T.B. Pawlicki)
«O Fabuloso Teatro do Gigante» (David Machado)
«Planalto» (Francisco José Pereira Alves);
«As Crianças e o Divórcio - O Diário de Ana» (M.S.Pinto Ribeiro)
«Os Cisnes de Leonardo» (Karen Essex)
«Herança Negra» (W. M. Gear e K. Gear)
«Ressurreição - O Evangelho Perdido» (T. Malarkey)
«O Lugar do Morto» (S. Booth)
«Trevas Sobre China Lake» (M. Gardiner)
«Subir na Vida» (Donald Trump e M. McIver)
«Beijos de Chocolate» (Alice Vaara),
«Torne-se Pequeno e Pense em Grande» (S. Godin)
«Gente Famosa Continua a dar Pontapés na Gramática» (Lauro Portugal)
«A Clínica da Amnésia» (J. Scudamore);
«A Hora H» (J. Carlzon);
«O Meu Pipi» (anónimo)
«A Magia de Ler» (J.A.Marina e M. de la Válgoma)
«Paris-Saigão» (É. Cortès e J.-B. Flichy)
«Stravaganza» (Mary Hoffman);
«Paz e Guerra» (Renato R. Martino);
«Aprender a Viver» (José António Marina);
«Alô, Sim...» (Mme. Claude)
«Iniciação ao Aquário de Água Salgada» ( C.S.Barker)
Para a 2.ª parte, as respostas podem ser dadas a partir de agora e até às 20h de 4.ª feira.
O prémio será um livro, a escolher pelo vencedor entre os seguintes (a que se juntam TODOS os indicados anteriormente, excepto o que for atribuído na 1.ª parte do passatempo, porque só há um exemplar de cada)
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«O Tempo de Anais» (Simenon),
«O Homem sem Nome» (João Aguiar)
«Waterloo» (Napoleão, Wellington)
«As Faces da Justiça» (A. Marinho Pinto)
«Crónicas da Inforfobia» (C. Medina Ribeiro)
«Jeremias, Consultor» (C. Medina Ribeiro)
«Para uma Leitura de Memorial do Convento» (António Moniz)
«Portugal, o Pioneiro da Globalização» (J.N.Rodrigues e T. Devezas)
«Uns Comem os Figos» (Warren Murphy);
«O Génio» (Dieter Eisfeld);
«Nascido para Mandar» (José de Pina - Produções Fictícias)
«A Pegada» - (2 Vol) (Larry Niven e Jerry Pournelle);
«O Últimato de Bourne» (Robert Ludlum)
«O Lobo de Hilgard» (M. Zimmer Bradley),
«Rumo ao Futuro» (Bill Gates)
«Roteiro Prático da Internet» (José de Magalhães)
«Puzzle Mortal» (R. Rendell)
«Roteiro de Leitura da Bíblia» (Fr. Fernando Ventura)
«A Fátima dos Inícios do Séc. XX» (José M. D. P. das Neves)
«Sermões» (Padre A.º Vieira);
«Areia Pesada» (A. Ribakov)
«Sonetos» (Antero de Quental)
«Peregrinação» - (2 Vol) (F. Mendes Pinto)
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Colecção VISÃO:
[1-2] «Os Maias» (2 vol.) (Eça),
[3] «Memorial do Convento» (José Saramago)
[4] «O Processo» (Franz Kafka),
[5] «O Grande Gatsby» (F. Scott Fitzgerald),
[6] «O Jogador» (F. Dostoievsky),
[7] «O Retrato de Dorian Gray» (Oscar Wilde),
[8] «As Viagens de Guliver» (Jonathan Swift),
[9] «Cândido» (Voltaire),
[10] «Ninguém Escreve ao Coronel» ( G. García Marquez),
[11] «Alice no País das Maravilhas» (Lewis Carroll),
[12] «Romeu e Julieta» (W. Shakespeare)
[13] «Ficções» (Jorge Luís Borges),
[14] «O Barão Trepador» (Italo Calvino),
[15] «D. Casmurro» (Machado de Assis),
[16] «O Terceiro Homem» (Graham Green),
[17] «O Livro do Desassossego» (Fernando Pessoa)
[18] «Como Água que Corre» (Marguerite Yourcenar),
[19] «Trópico de Capricórnio» (Henry Miller),
[20-21] «Vermelho e Negro» (2 vol.) (Stendhal),
[22] «A Luz em Agosto» (William Faulkner),
[23] «Lolita» (Vladimir Nabukov),
[24] «Werther» (J. W. Goethe),
[25] «O Coração das Trevas» (Joseph Conrad),
[26] «Bel-Ami» (Guy de Maupassant),
[27] «A Honra Perdida de Katharina Blum» (Heinrich Boll),
[28] «Madame Bovary» (G. Flaubert),
[29] «A Ilha do Tesouro» (Robert L Stevenson),
[30] «O Leopardo» (G. Tomasi di Lampedusa)
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Policiais VISÃO:
[1] «O Álibi Perfeito» (P. Highsmith)
[2] «12 Aventuras de Sherlock Holmes» (Conan Doyle),
[3] «Cara ou Coroa» (Ellery Queen),
[4] «A Inocência do Padre Brown» (G. H. Chesterton)
[5] «Cidade Escaldante» (C. Himes)
[6] «A Sangue Frio» (Truman Capote),
[7] «O Caso do Segredo da Enteada» (E.S.Gardner)
[8] «As Aranhas Douradas» (Rex Stout)
[9] «A mulher com Véu» (R. Renell)
[10] «Os Mares do Sul» (M. V. Montalbán)
[11] «O Padre Negro» (E. Wallace)
[12] «Os Crimes do Relâmpago» (Ed McBain)
[13] «Mortalha para uma Enfermeira» (P.D.James)
[14] «Este Homem é Perigoso» (Peter Cheyney),
[16] «Um Crime no Expresso do Oriente» (Agatha Christie),
[17] «Dinheiro Negro» (R. McDonald)
[18] «Antes Morrer que Matar» (J.H.Chase)
[19] «A Dama do Lago» (R. Chandler)
[20] «"C" de Cadáver» (Sue Grafton)
Sobre a primeira parte e após atenta observação, creio que a foto foi tirada no chão. Mas auto-excluo-me de participar, até porque nem são horas de o fazer. Já relativamente à segunda parte, escorreu-me o pensamento para a fábula seguinte.
João Corvo dos Santos massajava o cabo telefónico em busca de posição mais confortável quando o seu primo Lexis Corvo dos Santos o repreende com voz grave: «Continuas assim e ainda vai algum procurador queixar-se de barulhinhos no seu telefone». João reflectiu em como isso seria irónico, atendendo ao facto de estarem a ser vigiados pelo incansável Pombinho dos Santos.
Atenção que, para a 1ª parte do passatempo, as respostas só são válidas se forem dadas a partir das 10h de amanhã; e pretende-se, apenas, saber o nome do edifício-monumento.
Que horas são?
Para que não haja dúvidas relacionadas com fusos horários (como já sucedeu!), a hora que conta nestes passatempos é a que o Blogger afixa(23h46m, no caso anterior).
Não sei se a hora que aparece é a correspondente ao momento em que começamos a escrever o comentário ou quando fazemos o "publicar".
Faltam 3 minutos...
A fotografia é do Convento do Carmo tirada a partir do Largo do Carmo.
Anita deu a resposta certa!
Pede-se-lhe, então, que, até às 24h de amanhã, escreva para sorumbatico@iol.pt indicando qual o livro que pretende e morada para envio.
Para a 2.ª parte do passatempo, é possível que, além (ou em vez) da votação do júri, se faça uma outra, "pelos leitores".
Já que ninguém avança para a 2ª parte, aqui fica a minha modesta contribuição:
Que linda que é a janela!
Só lá falta uma menina...
Seria coisa mais bela
que os pombos que vemos nela
e na Baixa "pombalina"!
Mote: «Pombos pousados nos fios»
Na foto, não ficam mal,
mas será devido aos pombinhos
que o Procurador Geral
se queixa de barulhinhos?
Pelo rasgão dessa janela escorre ao fundo um azul radioso. Mas as pedras são frias, brutas, caladas. Esta janela tem sons e tem sonhos, mas também pesadelos e brumas escondidas. Esta janela traz medos e sobressaltos.
Para a segunda parte parece-me um sério concorrente o raposa velha. Teria era de validá-lo dentro do horário que foi estipulado. Se quizer o livro e não só o aplauso.
O comentário que Raposa Velha fez (às 22h18m) foi aceite porque está dentro do prazo estipulado:
«(...) as respostas podem ser dadas a partir de agora (21h23m de 3ª feira) e até às 20h de 4.ª feira».
Só para a 1.ª parte é que era necessário esperar pelas 10h de hoje.
Como, pelo menos no meu blogue, os acentos aparecem mal, aqui ficam os meus versos outra vez:
Eu ca' receio os poetas
que acabam de aparecer;
talvez que com duas tretas,
'a mistura c' umas pe^tas
ainda acabem por vencer...
Hoje acordei rabujento
se calhar é da ressaca
mas aqui fica o lamento
se derem qualquer alimento
a estes poetas de caca.
"Não sabendo porquê, havia naquelas ruínas - como em tantas outras - qualquer coisa que despertava em mim o sentimento de pertencer a algo muito maior que este "Hoje", onde passeava, indolente, junto ao muro. Preocupava-me apenas em apreciar o silêncio reconfortante da História muda de um edifício em ruína - este, mas um qualquer - pautado apenas pelo grasnar ocasional de um corvo.
Encontrava nesse fio telefónico, onde pousava o corvo, muitas semelhanças comigo mesmo: ele, nesse seu anúncio de tecnologia, e eu, passeando de calças de ganga de telemóvel no bolso, éramos corpos estranhos e despropositados naquele espaço onde as árvores murmuravam as sombras de vidas passadas, o mesmo espaço que nos concedia o privilégio de lhe pertencer. Ilusão minha, talvez; mas à medida que me preocupava em esquecer-me dos meus pensamentos, olhei para cima - talvez por causa do corvo -, e foi então que me apercebi: daquela janela, o Passado, não o das ruínas, mas o passado vivo, olhava para mim, como quem se ri do mal vestido..."
A gente demora o lhar para estas esquadrias, estes arcos, este rosto imenso de pedra. Mas, olhando-os, são eles que nos fitam - com a severidade da História. Bela foto!
Da ruína magestosa emana a quietude e a paz. O passado e o presente, o céu e a terra dão um abraço intemporal no Largo do Carmo em Lisboa.
Com ogivas apontadas ao céu, que de um imenso trovão de fogo surgiram, surge-nos ao olhar, os restos de algo que nunca foi.
Poetas de meia-tijela
vêm para aqui praticar;
dois pombos e uma janela,
mais um fio à frente dela,
e ei-los a versejar!
Quando vejo uma janela,
não resisto a espreitar;
o que haverá por trás dela?
Vamos lá a indagar...
*
Parece que é um convento
em ruínas, destelhado;
entra a chuva e entra o vento...
mas que ar tão desolado!
*
Parece-me a mim também ver
o fantasma do Condestável;
Será ele a concorrer
a este passatempo amável?!
Nas quadras vem um a meter
Vem logo outro em revoada
Mas quando a gente as vai ler
Afinal não dizem nada...
Não é pra ser antipático
mas hoje está-me a parecer
qu'isto aqui o sorumbático
outro blogue pode ser.
Poetas de meia tijela,
poesia de chuveiro
por causa de um janela?
Caro Medina Ribeiro
ponha termo a esta trela!
Nunca aqui foi apagado
um comentário, sequer!
E o que é que eu posso fazer
se um leitor está inspirado?
Isso isso, entre no jogo
deste pobre versalhar
depois n�o diga que o fogo
veio o blogue chamuscar!
Proponho que regressemos
ao que era a "vaca-fria":
Ou seja, que comentemos
o raio da fotografia!
Se calhar está tudo dito...
Já falámos da janela
e das pombinhas também.
E falámos do PGR
(só faltou falar da mãe)
Falámos da cor do céu
e do templo venerável.
Falámos até de D. Nuno
(o garboso Condestável)
Já falámos disso tudo
e já começo a ter sono.
O que será qu' inda falta?
Será o buraco de Ozono?
Qual buraco, qual toutiço!
(anónimo, vê se me entendes!)
por muito menos que isso
lá se foi o Marques Mendes
«O passatempo termina às 8 da noite»
Então é à oitava hora
que a coisa vai acabar?!
Que pena! E logo agora
(quando nos mandam embora)
que eu já estava a gostar!
Os comentários vão agora ser numerados (de 1 a 20), e será feito um novo "post", com questionário, para permitir a votação pelos leitores.
A essa votação, que decorrerá até às 22h de domingo (4 de Novembro) corresponderá o "prémio leitor".
Isso não impede que o júri atribua um outro prémio ("prémio júri"), até antes dessa data.
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