Onde pára a esquerda?
Por Baptista-Bastos
DE SÚBITO, o Estado viu-se confrontado com movimentações "inorgânicas", de camionistas e de pescadores, sociologicamente situados à direita. Se o poder dos sindicatos, sobretudo os associados à CGTP, tem demonstrado ser necessário acabar com o maniqueísmo e a ilusão de tábua-rasa, e inscrever, na esquerda, uma nova visão do futuro, as dificuldades emergem a cada momento. Numa entrevista à Rádio Renascença e ao Público, José Saramago recolocou a questão central: "À direita não lhe interessa as ideias, porque pode governar sem elas; à esquerda deviam interessar-lhe as ideias, porque não tem outra maneira de governar senão com elas (...) Sem ideias, a esquerda vai-se estiolando. E mais agora, quando a pretensa salvação da esquerda é a aproximação ao centro. Mas a aproximação ao centro é a aproximação à direita."
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O meu, andas à procura do teu!
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