5.10.08

Os 50 anos da Televisão - Quando tudo começou

Por António Barreto
COMO EM TUDO NA VIDA, também a data verdadeira de início da televisão em Portugal é objecto de discussão. Para uns, foi em Setembro de 1956, quando, num perímetro reduzido à volta da Feira Popular, começaram as emissões experimentais em Lisboa. Ou em Dezembro do mesmo ano, com o segundo ciclo de experiências alargadas à cidade e arredores. Para outros, terá sido a 7 Março de 1957, data oficial das primeiras emissões “a valer”, com as grandes áreas de Lisboa e Porto já abrangidas. Mas ainda há a data legal, a da aprovação do decreto-lei que cria a RTP, em 1955. Assim como a de uma experiência feita no Porto, em 1956, por empresa comercial. Ou, finalmente, a data de chegada das imagens à minha terra, esta sim, efeméride real para tantos portugueses. É a data que eu prefiro. Foi em 1958.
(...)
Texto integral [aqui] - Esta e outras crónicas do autor estão também no seu blogue, o Jacarandá

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3 Comments:

Blogger R. da Cunha said...

Belo artigo.
Queria deixar aqui alguns acrescentos:
Não era só a missa dominical; era também o Terço, em Maio, após o jantar, que dava para ir ver quem era quem e, depois, se o tempo o permitisse, ir da Avenida até à Rua Direita;
Uma referência inescapável era a das noites de Verão no Jardim da Carreira;
O senhor Heitor Matos, além de director do Vila Realense, era um distinto boticário, que uma vez me receitou Água de Halibut (?), não sei para que mazela;
O liceu, no 6º e 7º anos, tinha turmas mistas;
Havia também um "colégio" para rapazes e o seminário;
O Infantaria 13 era a desgraça dos rapazes mais velhos, que se viam impedidos de namoriscar as meminas da Normal (que formava as professoras), por causa da concorrência dos oficiais milicianos que aportavam à Bila;
O Teatro Avenida era "mais bem frequentado" que o Teatro Circo, até pela programação; e era neste último que decorriam as festas carnavalescas, com as classes sociais separadas (até pelo preço de ingresso);
E falta uma referência que reputo de imprescindível: as corridas de automóveis (e de motos), em Junho, onde vi correr o Farina, o Sterling Moss, o Fângio, o Farina, o Bracco, o Conde de Monte Real os irmãos Oliveira, o Ferreirina, o Antoninho do Talho e tantos outros.
Bem sei que o artigo tem a ver com a RTP, mas já que se referiu a tanta coisa dos usos e costumes de Vila Real...não leve a mal os acrescentos.

5 de outubro de 2008 às 23:46  
Blogger António Barreto said...

Caro R. da Cunha,
Você tem de ser de Vila Real, da “Bila”, como lá se diz!
E tem boa memória.
Só que também pede de mais... Como seria possível meter tanta gente, tanta figura pitoresca, tantos factos, tudo a propósito da televisão?
Já agora, um por um...
Em Maio, era “novena” do “mês de Maria”.
Noites de Verão no Jardim da Carreira! Até arrepia, só de lembrar!
Concordo com todas as outras recordações. Algumas, lembro bem. Outras, foi você que mas trouxe de volta.
À sua lista de corredores de automóveis, falta o Boneto (que corria a fumar cachimbo...) e o Ascari, além do Jean Béhra, o que deu “luta” ao Stirling Moss...
O Fângio, acho que nunca foi!
No Teatro Circo, os mais famosos eram os “Bailes da Carolina”...
Um abraço

8 de outubro de 2008 às 22:51  
Blogger R. da Cunha said...

Caro Dr. António Barreto
Não sou da Bila, mas andei por lá.
Como é evidente, não queria que se tivesse referido ao que recordei (e mais haveria), mas tão só eu próprio fazer a viagem aos anos que ali passei e onde todos os anos, pelo 1.º de Dezembro, volto para rever alguns amigos.
Abr.

9 de outubro de 2008 às 18:36  

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