Açordas e migas
FOI COM ESTES VERSOS que, em «Palhas e Moínhas», Vasconcelos e Sá, nos começos do século passado, cantou a diferença entre os usos destas palavras no Alentejo e fora dele. Estreada em Évora, em 1936, esta revista musical, em dois actos, tem por tema a mais extensa província de Portugal, as suas gentes e o seu modo de estar e viver naquela época. Entre os muitos participantes, todos recrutados entre a população da cidade, figurou o meu irmão Francisco José que, logo aí, revelou as suas excepcionais qualidades como intérprete da canção.
A nossa açorda tem origem na tharid dos invasores árabes, uma confecção de pedaços de pão mergulhados num caldo quente, aromatizado e enriquecido com azeite, muito elogiado, diz-se, por Maomé, ensinou-nos o saudoso Alfredo Saramago em “Para uma História da Alimentação no Alentejo” (1997), fazendo notar que tharid alude ao acto de cortar ou arrancar pedaços de pão. (...)
Texto integral [aqui]
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1 Comments:
Já faz tempo que não provo tal iguaria alentejana.
Mas bastou ver a foto para ficar com "água na boca" e o perfume no nariz.
A ver se até ao Natal tenho a sorte de poder meter a colher nesse prato.
A Bem da Nação! Mas que Nação!
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