Um frio de rachar pedras
Por Antunes Ferreira
NA TORRE ESTÃO 9 negativos. Um vento cortante levanta remoinhos da neve que por ali se encontra, um tanto esparsa, só acumulada com algum volume aqui e ali. Na pista de esqui, de tapete branco sofrível, uma caterva de raparigas e rapazes atiram bolas e deslizam em tobogans de plástico azuis, vermelhos, amarelos e verdes. À mistura com trambolhões e piruetas, entre gargalhadas e gritos de alegria. Jovens.
(...)
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12 Comments:
Que o Governo não tem culpas da vaga de frio, eu desconfio.
Que o Governo não tem culpas do surto gripal, desconfio ainda mais.
Não são só as campanhas contra os gordinhos, “Vida Positiva”, ou contra os fumadores, que fazem falta.
Há muitos anos que faltam outras campanhas para sensibilizar os portugueses a viverem mais saudáveis, como por exemplo “Apanhar ar fresco”. Seria muito bom para combater a gripe. Tudo fechado, espaços públicos, transportes públicos, as pessoas só passeiam nos centros comerciais, etc.
E outros hábitos que para alguns são tão castiços: cuspir no chão, urinar na rua, etc, para não continuar.
Vivo no estrangeiro e as pessoas estão sempre que podem na rua, a pé ou de bicicleta. Apanham ar fresco todos os dias, mesmo se lá fora está frio e neve ou gelo.
Um último apontamento. Vi as reportagens sobre os sem abrigo e registei um comentário de um deles, em especial:
-"O pior não é o frio. O frio depois passa. O pior é a miséria que não acaba.”
É um bom exemplo da caridadezinha aquele que dá. Quanto ao papel do Governo parece-me que está a exagerar na ironia. Mas o Senhor lá sabe o que escreve. Eu vou votar no Sócrates e antes não o fiz.
Cá nos piores registos temos 9 negativos na torre; nas cidades há-de estar mais quente, ainda que ligeiramente. E então anda tudo com avisos de catástrofe e alertas laranjas e há perigo de irmos todos morrer de frio? A comunicação é sensacionalista como de costume ou lembrar-se-ia que no norte da Europa há temperaturas ainda mais baixas com neve e gelo por todo o lado e que as cidades continuam a ter muito movimento.
Se nós estamos à beira da morte aos 0ºC ou aos -5ºC, então aquelas devem ser terras de cadáveres andantes...
Estou com o Antunes Ferreira, o frio é só uma razão para se dizer na televisão que estão todos a ajudar os pobrezinhos dos sem abrigos. São as Câmaras Municipais, é a Cruz Vermelha, são os Bombeiros, são as Juntas de Freguesias, são as Obras de Benificência, são as Associações de Auxílio, é uma quantidade de malta que se pôs em bicos dos pés. O Governo, pelos vistos, não mandou vir o frio, mas não fez nada para o combater. Que País desgraçado!
Sigo este blog com alguma atenção e digo já que não estou de acordo com a maioria dos artigos que publicam. A começar pelo "patrão" sr. Medina, um maldicente de todos os dias. Vá lá, as fotos do sacana do trânsito, vá que não vá. Algumas são boas.
Discordo frontalmente dos artifícios do sr. Ferreira para defender esta merda de desgoverno socratianico que infelizmente temos. E eu, grande parvo, votei neles. Nunca mais o farei!!!
Quanto ao frio estou-me marimbando, porque o que me preocupam são os infelizes dos sem abrigos. E também os portugueses mais miseráveis que têm de recorrer ao SNS (?????????) e aos hospitais e ficar em macas nos corredores e em mantas no chão. E vem a dona "ministra da saúde"?????? com bocas foleiras de que esteve tudo sobre controle. Viu-se......
Caro Rogério,
Obrigado pelas suas palavras!
O 'Sorumbático' começou apenas comigo (em 5 Jan 2005), e foi crescendo com convites feitos a inúmeras pessoas, de tendências muito diversas.
Daí, que se cruzem, neste espaço, pessoas de muitas e variadas tendências político-partidárias.
Se calhar, eu sou o único contribuidor que não se revê em nenhum dos partidos actuais - tenho votado em branco, e não me refiro ao Aguiar BRANCO...
Habituei-me a gostar daquilo que o Antunes Ferreira escreve, porque o faz muito bem. Às vezes, os temas são um tanto complicados e tenho de os seguir com atenção para ver onde ele quer chegar. Nestes casos são um tanto labirínticos, mas sempre carregados de ironia. Ridendo castigat mores ou algo assim.
Este está muito bom e dá porrada (desculpem-me os termos) em quase toda a gente exibicionista e falsa. Gostei. Gostei mesmo muito.
arlos Medina Ribeiro parece ter ficado um tanto abespinhado com o cpmentário do Rogério. Tenha fair-play, Medina Ribeiro, Tenha fair-play que o seu blog merece-o
Cumprimentos
Cara Juliana,
Não, não fiquei abespinhado com o que disse o Rogério, pois sei que, neste blogue (e no 'Carmo e a Trindade'), assumo o papel de «maldicente», como ele diz.
Simplesmente, esperava algo mais concreto, nomeadamente:
Em que posts meus é que essa maldicência foi injusta?
Será nos que conto 'como é gasto o nosso dinheiro' (quiosques Infocid, cartões e postos Netpost, Via-CTT, passadiço de Alcântara, pontos de venda de selos que nunca funcionaram, cartão PBM, máquinas de venda de bilhetes da Refer sempre avariadas)?
Ou será quando digo que há 20 mil milhões de euros de fugas ao fisco, e que os governos festejam quando recuperam menos de 10%?
Ou quando Mário Lino promete portagens electrónicas para 31 de Outubro de 2007 (!!), sabendo que são impossíveis mesmo em 2009?
Ou quando me indigno com deputados faltosos a quem pagamos o ordenado?
Ou quando me irrito com um ministro que mente descaradamente ao povo que o sustenta?
Ou quando me queixo que a informática do Estado é uma vergonha?
Ou quando digo que os lisboetas conspurcam as ruas, 'tarefa' em que a CML os 'ajuda' com a sua incompetência?
Ou quando mostro que há jornais que fazem títulos com erros vergonhosos de Português e lojas com anúncios (e até toldos!) cheios de erros de ortografia?
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Um amigo meu, dono de uma empresa de material informático, diz que a coisa mais útil que tem é o Livro de Reclamações:
Quem se dá ao trabalho de escrever o que está mal, são pessoas interessadas em que a casa melhore.
Os outros... limitam-se a não voltar lá.
Quem é que faz mais por um mundo melhor - os que apontam os erros (especialmente os que podem ser facilmente corrigidos) ou os que, vendo-os, se calam porque receiam a maledicência?
Excelentíssimo Senhor Carlos Medina Ribeiro (Doutor? Arquitecto? Engenheiro? Médico? Farmacêutico? Funcionário Público? Comerciante? Electricista?)
Está mais satisfeito com este tratamento?
Não sabia que era necessário dar justificações quando digo que não gosto. Fiquei, agora, a saber.
É estranho. Disse e reafirmo que gosto do blog, que gosto do que o Antunes Ferreira escreve, nem disse que não gosto do que o Senhor aborda.
Apenas me limitei a dizer que no meu entender, o Senhor devia ter o fair-play que o seu blog merece. Quer tirar conclusões estranhas e inconsequentes disso? Lá terá as suas razões.
Venho habitualmente ao seu blog. Que me merece todo o respeito. Não me limitarei, por este absurdo motivo, a não voltar cá, tal como o Senhor escreveu. Espero que não seja uma proibição ou um corte...
Esteja descansado: enquanto não decidir eu própria que aqui não volto - pode ter a certeza de que... volto.
Fique bem, Sr. Medina Ribeiro
Cara Juliana,
Mas que grande confusão!
Antes de mais nada, ONDE É QUE EU DISSE PARA NÃO VOLTAR CÁ?!
Não deu para perceber que o meu comentário, embora dirigido a si, era uma resposta a Rogério, quando ele escreve: «A começar pelo "patrão" sr. Medina, um maldicente de todos os dias»?!!
A resposta tinha a ver com a noção de "maledicência" (que, por definição, é o 'acto de murmurar, difamar'), que achei por bem contestar, até porque me pareceu injusta.
Para isso, eu explicava, recorrendo a palavras de Miguel Monteiro (o dono da CHIP-7), que é saudável e necessário criticar aspectos errados na sociedade portuguesa. Diz ele que «um cliente que reclama é 1000 vezes preferível a um que não reclama, pois este, simplesmente, não volta».
Finalmente: a minha profissão está indicada no "perfil".
Senhor engenheiro
Se houve alguma confusão foi da sua parte porque na resposta que me deu misturou alhos com bugalhos. Fazendo que se me dirigia, afinal estava a dar «nova» resposta ao Senhor Rogério Mendonça. Pelos vistos, a primeira não tinha chegado.
Meteu pois, Senhor Engenheiro, os pés pelas mãos. E, ponto. Para mim o assunto está encerrado.
De facto, não fui tão claro quanto o necessário.
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