No Reino do Absurdo - Passatempo com prémio
ACABEI de receber, enviado por um velho amigo, o relato de uma cena passada com ele, há menos de uma semana, numa cidade portuguesa com pretensões a destino turístico de qualidade.
Ora, dado o papel de destaque que as Taxas Moderadoras têm nessa história, o caso merece ser 'comemorado' com mais um prémio da infindável série «No Reino do Absurdo».
O texto em causa está [aqui] (juntamente com as imagens dos prémios possíveis), mas os comentários deverão ser feitos aqui, no Sorumbático, até às 20h de segunda-feira, dia 11. Chama-se a atenção para o que lá é dito a propósito dos títulos dos livros-prémio.
7 Comments:
A história não é inédita. Que o diga um pobre conhecido que em plena noite de Carnaval levou a maior tareia da vida dele, mesmo à porta de casa, e ainda hoje está para saber porque!
Resignou-se à sua sorte e em vez de uma carteira mais leve, exibiu durante semanas o resultado da sua participação involuntária nestes encontros sinistros...
Tudo corre atrás de quem não pode... E nestas coisas, quem sabe o que diz é o Zé Povinho! (qual polícia ou médico)...
Deslocar-nos numa cidade portuguesa que embora pretenda ser uma localidade turística com grande qualidade parece ser afinal uma cidade escaldante, onde os transeuntes estão sujeitos a passar por situações mirabolantes e absurdas como a descrita neste artigo é sem dúvida inacreditável! E pelo que li nem é preciso entrar numa qualquer zona de violência e/ou problemática para ser alvo de encontros sinistros e misteriosos.... sim porque o senhor ficou sem saber porque é que foi alvo da fúria do outro indivíduo ou de onde é que ele o conhecia para ter semelhante atitude....
A meu ver, nestes casos é melhor ficar calado e fazer de conta que não se passou nada (como se fosse normalíssimo levar uns murros no meio da rua por dá cá aquela palha) do que ir à esquadra e colocar o desafio à polícia de: primeiro, tratar condignamente o queixoso e segundo, resolver a situação apresentada. Como se pode ler, não só não resolveram a situação, como ainda fizeram o queixoso entrar em despesas hospitalares (para não dizer que foi ao hospital para ser agredido mas desta vez a agressão ficou-se pela carteira – 116,40€ para ser atendido?!!) como o vão fazer entrar em trabalhos... sabe-se lá até quando.
É este o país que temos!
Absurdo? Absurda é a indignação perante a lógica infernal, causa-efeito, das acções do nosso protagonista!
Visita uma cidade escaldante, escalda-se.
Passeia por zonas de violência, "...anda à chuva, molha-se!"
Pratica turismo sinistro, tem encontros violentos.
Chama a polícia, torna-se vítima.
Vai ao Hospital, vira utente.
Utente é pagante.
Crise, alcoolismo, violência, droga, loucura, morte!
Será que a culpa é do Adão e da Eva?
Sei que a "ironia" exige arte e engenho que talvez não tenha... mas espero que não seja lida à letra!
Infelizmente neste Portugal nada me espanta.
Todos os dias ouço alguém dizer: "isto caminha para ser igual ao Brasil". No entanto não vejo ninguém fazer nada por isto.
Vejamos o que se passa na Bela Vista. Mais triste é ainda alguém dizer que temos que ter paciência porque são estes ou aqueles. Este fim de semana li algures num jornal: Os Portugueses no Estrangeiro são Portugueses, os estrangeiros em Portugal são minorias éticas.
Ainda a propósito do sucedido, recordo uma situação vivida por um amigo meu. O seu carro foi assaltado e levaram apenas (vejamos que hoje em dia já dizemos "apenas") o rádio. Chamou a GNR e perguntaram se ele queria fazer queixa. Ele disse que não, pois nunca mais iria recuperar o rádio e ia meter-se em "chatices". A GNR incentivou-o a apresentar queixa, porque tinha em mente quem poderia ser, bla bla bla. Assim foi, dirigiu-se ao posto e pagou a apresentação de queixa.
Uns dias mais tarde foi contactado para comparecer em tribunal, porque tinham apanhado o suspeito.
Resultado final: perdeu um dia de trabalho, teve que se deslocar ao tribunal da zona onde fora assaltado, o juíz deu como não provado os crimes do sujeito e o meu amigo ainda teve que pagar 600 e tal euro de custos de tribunal.
Afinal de contas: é natural que ninguém tenha paciência para apresentar queixas. Infelizmente o "povo" não é rico para andar com estas brincadeiras.
queria dizer "minorias étnicas". (=
Após um encontro sinistro com alguém a quem a vida não estaria a correr particularmente bem, este leitor, seguindo o velho ditado "quem não se sente, não é filho de boa gente", foi colocar um desafio á policia (sim, desafio, porque - e a avaliar pelo que vamos vendo - solicitar às autoridades que cumpram a sua função não se trata de algo que, à partida, seria normal, mas sim um enorme desafio à sua capacidade e, não raras vezes, vontade em resolver as questões que vão surgindo).
Todos sabemos que, por cá, a burocracia não perdoa!
"Foi agredido? Sim, realmente estou a ver qualquer coisa, mas tem de ir ao médico para que ele confirme isso, porque eu abandonei o curso de medicina ao fim de 2 semanas e não estou certo que esses hematomas e escoriações sejam fruto de agressão.."
E, já se sabe, se vai ao Centro de Saúde ou ao Hospital, paga! (Quanto a esta matéria a minha posição não é frontalmente contra, nem totalmente a favor. Há argumentos a pender para cada um dos lados; cada qual, mediante esses mesmos argumentos, terá a sua opinião.)
Independentemente do aborrecimento, da perca de tempo e dinheiro, e, obviamente e não menos importante, das marcas que, por certo, ficarão no corpo durante algum tempo, o pior é a sensação de impotência (por parte dos agredidos e, muitas das vezes -porque não? - por parte das autoridades policiais em descobrir os autores de actos que em nada enobrecem quem os pratica) e de impunidade que acaba por se instalar no meio deste "caos" em que por vezes sentimos que vivemos.
Resta desejar um rápido restabelecimento ao ofendido e esperar (como estamos em vésperas de 13 de Maio...) um qualquer "milagre" que permita encontrar, deter e punir devidamente o praticante desse acto.
(A questão dos €108 pagos - e como não parecem ter sido realizados quaisquer exames ou análises - é fruto, claramente, de um lapso dos serviços, facilmente remediável mediante uma reclamação junto de quem de direito.)
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