10.6.09

Os mesmos à mesa

Por Baptista-Bastos

"OS RESULTADOS estão muito aquém das nossas expectativas. São decepcionantes", disse Sócrates, rosto compacto e voz pesada. Já suspeitava de que o primeiro-ministro tem vivido num universo plano, no qual é inexistente a espessura das coisas e a evidência dos factos. A prova forneceu-a ele próprio, com a taciturna confissão. Que esperava da sua rude teimosia, da sua obtusa empáfia, ele, mais propenso às volúpias do mando do que às obediências da ideologia? (...)

A vitória nestas eleições cabe, por inteiro, a Paulo Rangel, o qual atribuiu a si próprio a defesa de um castelo cercado, cujos paladinos haviam debandado. Que fazer com esta vitória? Os senhores do PSD começaram, já, a assenhorear-se de uma glória que lhes não pertence; Rangel vai para Bruxelas mas, antes, será crestado em fogo brando; e, com maior ou menor fortuna, passada a increpação nervosa do momento, a dr.ª Manuela continuará alvo de conspirações e objecto de pequenas deslealdades. É o PSD, tal o caracterizou Sá Carneiro. (...)

Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger Manuel Brás said...

Um “socialismo” desacreditado
e também desacreditante,
ficou totalmente crestado
o que era mais irritante.

Acentua-se a decadência
de um projecto quimérico,
tamanha é a minudência
de um nulo numérico.

À mesa sentado,
pela comida esperando,
o mexilhão fintado
desespera desesperando.

10 de junho de 2009 às 12:36  

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