Desastre iminente
Por António Barreto
A LEGISLATURA QUE AGORA COMEÇA está condenada. Quando serão as próximas eleições? Daqui a oito meses? Dois anos? Uma aliança entre o PS e o PP teria futuro? Paulo Portas podia ir com José Sócrates ou com Ferreira Leite? E por que não o detestado Bloco Central? Se o Bloco de Esquerda fosse para o governo com o PS, que faria o PCP, sozinho na oposição de esquerda? E o contrário? E se fosse toda a esquerda para o governo? Quem ficar no governo perde as eleições seguintes? Em que sentido serão afectadas, pelos resultados das legislativas, as eleições presidenciais de 2011? Um governo de minoria aumenta os poderes do Presidente da República? E uma coligação? Nas próximas presidenciais, volta Cavaco Silva? Há uma oportunidade para Manuel Alegre? Ou será António Guterres ou Jaime Gama?
Nas ruas e nos cafés, nas escolas e nas fábricas, nas repartições e nos jantares de amigos, são estes os temas de conversa. Para além da habitual corrupção. E das escutas telefónicas de recente criação. Políticos e jornalistas, em grande maioria, deliciam-se com estas congeminações triviais. (...)
A LEGISLATURA QUE AGORA COMEÇA está condenada. Quando serão as próximas eleições? Daqui a oito meses? Dois anos? Uma aliança entre o PS e o PP teria futuro? Paulo Portas podia ir com José Sócrates ou com Ferreira Leite? E por que não o detestado Bloco Central? Se o Bloco de Esquerda fosse para o governo com o PS, que faria o PCP, sozinho na oposição de esquerda? E o contrário? E se fosse toda a esquerda para o governo? Quem ficar no governo perde as eleições seguintes? Em que sentido serão afectadas, pelos resultados das legislativas, as eleições presidenciais de 2011? Um governo de minoria aumenta os poderes do Presidente da República? E uma coligação? Nas próximas presidenciais, volta Cavaco Silva? Há uma oportunidade para Manuel Alegre? Ou será António Guterres ou Jaime Gama?
Nas ruas e nos cafés, nas escolas e nas fábricas, nas repartições e nos jantares de amigos, são estes os temas de conversa. Para além da habitual corrupção. E das escutas telefónicas de recente criação. Políticos e jornalistas, em grande maioria, deliciam-se com estas congeminações triviais. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: AMB
1 Comments:
Como fraldas descartáveis
assim é a política nacional,
com discursos lamentáveis
de elevado odor irracional.
Por razões semelhantes
a mudança é fundamental,
com posturas humilhantes
da verborreia regimental.
A política “tabernizada”
e em estado miniatural,
tanta prosápia arrasada
pelo desarranjo cultural.
O serviço à comunidade
muitas vezes capcioso,
pois grassa a impunidade
do compadrio faccioso.
Para memória futura
sobre a crise orçamental,
será pesada a factura
do desvairo governamental.
É um défice de milhões
nas contas orçamentais,
com políticos trapalhões
e seus absurdos mentais.
Epílogo
Neste denso arvoredo
da nossa democracia,
um abominável desenredo
revelerá a plutocracia.
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