20.1.10

Encomenda

Por João Paulo Guerra

Afinal, o político português que raramente tinha dúvidas e nunca se enganava, enganou-se.
OU SE ENGANOU em 27 de Novembro de 2004, quando escreveu no jornal Expresso: "cabe às elites profissionais contribuírem para afastar da vida partidária portuguesa a sugestão da lei de Gresham, isto é, contribuírem para que os políticos competentes possam afastar os incompetentes." Ou se enganou agora ao atribuir ao visado no seu artigo de há cinco anos a Grã-Cruz da Ordem de Cristo por "destacados serviços prestados ao País". Certo é que Sir Thomas Gresham mais uma vez viu confirmada a sua lei de triunfo da "má moeda".
O resultado funciona pessimamente do ponto de vista didáctico.(...)

Texto integral
[aqui]

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6 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

A crónica está perfeitamente certeira, mas julgo que a frase que aparece no sub-título está ao contrário.

Embora nada perca da tontice que lhe está subjacente, Cavaco terá dito que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava.

20 de janeiro de 2010 às 18:07  
Blogger Manuel Brás said...

Neste mundo inconstante,
com tamanha agitação,
a dimensão do instante
impele tanta mutação.

São anos de fatuidades
repletos de insolência
demonstrando acuidades
de tamanha opulência.

20 de janeiro de 2010 às 18:36  
Blogger R. da Cunha said...

Vamos lá a ver: as dúvidas e os enganos são cada vez mais frequentes à medida em que vamos avançando nos anos de idade. "Ontem", podia ser verdade, "hoje" já é outro dia. E a dita lei, que ele invocou, também pode ter já caído em desuso, quem sabe? Aliás, creio que, nos últimos anos em que dava aulas, já não falava na tal lei (como, provavelmente, não falava de muitas outras coisas).
Até admito que a medalha tenha sido concedida a conselho de um seu assessor, sem bem ter a noção do destinatário. O Protocolo tem razões que os presidentes podem deconhecer.

20 de janeiro de 2010 às 18:37  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Segundo explicou MRS, essa condecoração é dada a todos os que foram Primeiros-Ministros, independentemente do seu mérito.

Faz-me lembrar o que a minha mãe contava, de um tio-avô que tinha sido condecorado por acções meritórias (possivelmente militares, do tempo da 1ª Grande Guerra).

Já não sei pormenores. Só sei que ele tinha grande e justificado orgulho nela, até que passou a ser dada 'a toda a gente'.

Fardou-se, então - e, solenemente (como faziam os homens no tempo em que os tinham no sítio), devolveu a condecoração.

20 de janeiro de 2010 às 18:54  
Blogger Bmonteiro said...

Com vista ás próximas eleições (interesse pessoal). Pois:
“O código cósmico” (a física quântica como linguagem da natureza)
«Se é que existe uma tal consciência colectiva, não faço a menor ideia de como comprovar a sua existência. Aqueles que apelam para uma consciência colectiva como «a vontade do povo» fazem-no geralmente para servir os seus interesses ou as suas opiniões políticas ou sociais»
Heinz R. Pagels, Gradiva (Lisboa)

21 de janeiro de 2010 às 10:53  
Blogger FR said...

não é nada disso.
è que se não for o amigo Cavaco a condecora-lo quem irá ser?
Ninguem, não é?
Ora, ou muito me engano ou inquilino de Belem sai no próximo ano, portanto agora era a ultima oportinidade do PSL receber uma condecoraçãozita.

21 de janeiro de 2010 às 12:25  

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