14.1.10

Mas as crianças, Senhor?

Por João Duque

Batem leve, levemente, / como quem chama por mim... / Será chuva? Será gente? / Gente não é, certamente / e a chuva não bate assim...

PODERIA TER SIDO o estado do tempo o motivador desta crónica que recordo da minha instrução primária quando preparava a minha récita de Natal. Mas não. Na realidade sempre me ocorre este poema quando passo perto de um hipermercado ou gigantesco centro comercial e me lembro dos pequenos retalhistas que ainda tentam (alguns) sobreviver a Golias.

Não é que os novos centros comerciais não estejam hoje povoados por pequenos retalhistas alinhados e alojados sob o chapéu do grande empreendimento. (...)

Texto integral [aqui]

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5 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Aqui deixo o testemunho de uma excepção:

Todo o lado nascente da Av. da Igreja, em Lisboa (e respectivas transversais do lado Norte), tem imenso comércio tradicional, variado e que não parece em crise.

E, no entanto, tem ali ao lado um grande mercado (com 2 entradas) e um LIDL (também com 2 entradas e até aberto durante o fim-de-semana).

14 de janeiro de 2010 às 12:36  
Blogger Ribas said...

É verdade, nessa zona da Av. Da Igreja e transversais o pequeno comércio é porta sim, porta sim.
Também na Av. de Roma, na Óscar Monteiro, na Sacadura e transversais. Temos ainda a Guerra Junqueiro, Almirante de Reis e Rua da Palma, a Ferreira Borges (Campo de Ourique), a Estrada de Benfica, os bairros da Mouraria e Alfama, embora só nestes últimos se mantenha o tal espírito de olhar pelos miúdos e ficar com o correio intacto.

14 de janeiro de 2010 às 15:33  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Sim, mas só referi a Av. da Igreja porque tem ali mesmo aqueles 2 grande 'estabelecimentos', que costumam ser apontados como razão para o declínio do pequeno comércio.

Na realidade, nenhuma dessas 2 "grandes superfícies" tem estações dos CTT, nem restaurantes, nem esplanadas, nem farmácias...

Ou seja: parece ser possível sobreviverem todos, desde que não se deixem adormecer.

14 de janeiro de 2010 às 16:26  
Blogger Ribas said...

Sim, essa zona tem muita vitalidade.
Se virmos bem as coisas, o mercado de Alvalade é como o Sr. João Duque diz - Pequenos comerciantes, com pequenas bancas, debaixo do mesmo chapéu.
Para além do Lidl, há ainda o Pingo Doce, mas as pessoas dali estão muito habituadas ao comércio de rua, que dá uma dinâmica muito bonita às ruas.

14 de janeiro de 2010 às 21:03  
Blogger Ribas said...

Campo de Ourique até aparece nos roteiros turísticos como sendo um autêntico centro comercial a céu aberto, muito embora, tenha mesmo ali ao lado o C.C. Amoreiras, considerado o 1.º grande Centro Comercial de Lisboa e o mercado de Campo de Ourique e resistiu-lhes estoicamente.

14 de janeiro de 2010 às 21:19  

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