«Dito & Feito»
Por José António Lima
PASSOU QUINZE arrastados e pesados dias sem nada ter a dizer sobre as chocantes revelações de que o país tomou conhecimento com as escutas do processo Face Oculta. Quando, finalmente, falou, Manuel Alegre fez um discurso redondo. A criticar «a promiscuidade entre a Justiça, a política e a comunicação social» e a lamentar que «se esteja a viver uma crise política em vez de se procurar resolver as dificuldades» do país ou que não haja «segredo de Justiça quando a Justiça não funciona». Politicamente condicionado, partidariamente manietado, Alegre procurou dar duas no cravo e uma na ferradura (...)
Texto integral [aqui]PASSOU QUINZE arrastados e pesados dias sem nada ter a dizer sobre as chocantes revelações de que o país tomou conhecimento com as escutas do processo Face Oculta. Quando, finalmente, falou, Manuel Alegre fez um discurso redondo. A criticar «a promiscuidade entre a Justiça, a política e a comunicação social» e a lamentar que «se esteja a viver uma crise política em vez de se procurar resolver as dificuldades» do país ou que não haja «segredo de Justiça quando a Justiça não funciona». Politicamente condicionado, partidariamente manietado, Alegre procurou dar duas no cravo e uma na ferradura (...)
Etiquetas: autor convidado, JAL
5 Comments:
Vá lá, afinal não sou só eu a estranhar.
E eu espero bem que o Manuel Alegre acabe, de uma vez por todas, com a conversa dos votos que teve em 2006 como se eles fossem eternos e recicláveis.
Levou o meu, não me arrependi disso, mas não o volta a levar.
Manuel Alegre?! É pá! quem não o conhecer que o compre. Eu não!...
Safa, ainda há quem espere alguma coisa de útil deste indivíduo????
O que vai tramar M.A. é a necessidade táctica de ter um pé dentro do PS e outro fora - para tentar ganhar votos por 2 carrinhos. É que, no ponto em que as coisas estão (com os anti-corpos que Sócrates gerou na sociedade portuguesa) essa posição é insustentável.
O que J.A. Lima descreve nesta crónica é apenas uma peripécia de muitas semelhantes que hão-de, necessariamente, vir aí.
Como num círculo...
São negócios cavernosos
de contornos por aclarar
em terrenos pantanosos
que nos deixam a pejorar.
A quadratura circular
do discurso farfalhado
é uma marca exemplar
de quem está baralhado.
Ignorando a realidade,
sem dúvida, incomodativa
revela-se a frivolidade
de tanta bravura retractiva.
Enviar um comentário
<< Home