A telenovela desta tarde
Por Ferreira Fernandes
CARLOS ALBERTO Parreira é um homem a quem acontecem coisas extraordinárias. O treinador da África do Sul era durante o Mundial de Espanha, em 1982, treinador do Koweit que, na fase de grupos, jogava contra a França, em Valladolid. Os franceses marcaram um golo, o árbitro validou. Então, ouviram-se gritos da tribuna. Era o xeque Fahid Al-Sabah, o patrão do futebol koweitiano. Acenava para os jogadores abandonarem o campo e, como eles hesitassem, correu o que lhe permitiam a disdasha e o turbante, entrou no relvado e foi falar com o árbitro. Era o xeque, era a FIFA que tinha de se expandir para os países árabes e o golo foi anulado. Dessa vez, o jovem treinador Parreira estava do lado dos que ameaçaram abandonar. Agora, é a equipa contrária que pode não pôr os pés em campo, hoje, no África do Sul-França.
Cena dos últimos capítulos franceses: um jogador insultou o treinador no vestiário, o insulto fez manchete no jornal L'Équipe, o jogador foi expulso, os colegas partiram à caça do "traidor" que contou o incidente, fez-se greve aos treinos e, agora, a França (a outra, não a equipa) já pergunta: e se ela (a França, a equipa) não entra em campo? Se não entra em campo, é irradiada por vários anos e, por exemplo, perde a organização do Europeu de 2016.
Uma dúzia de tolos pensam-se xeques e não são.
«DN» de 22 Jun 10
CARLOS ALBERTO Parreira é um homem a quem acontecem coisas extraordinárias. O treinador da África do Sul era durante o Mundial de Espanha, em 1982, treinador do Koweit que, na fase de grupos, jogava contra a França, em Valladolid. Os franceses marcaram um golo, o árbitro validou. Então, ouviram-se gritos da tribuna. Era o xeque Fahid Al-Sabah, o patrão do futebol koweitiano. Acenava para os jogadores abandonarem o campo e, como eles hesitassem, correu o que lhe permitiam a disdasha e o turbante, entrou no relvado e foi falar com o árbitro. Era o xeque, era a FIFA que tinha de se expandir para os países árabes e o golo foi anulado. Dessa vez, o jovem treinador Parreira estava do lado dos que ameaçaram abandonar. Agora, é a equipa contrária que pode não pôr os pés em campo, hoje, no África do Sul-França.
Cena dos últimos capítulos franceses: um jogador insultou o treinador no vestiário, o insulto fez manchete no jornal L'Équipe, o jogador foi expulso, os colegas partiram à caça do "traidor" que contou o incidente, fez-se greve aos treinos e, agora, a França (a outra, não a equipa) já pergunta: e se ela (a França, a equipa) não entra em campo? Se não entra em campo, é irradiada por vários anos e, por exemplo, perde a organização do Europeu de 2016.
Uma dúzia de tolos pensam-se xeques e não são.
«DN» de 22 Jun 10
Etiquetas: autor convidado, F.F
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