20.7.10

O 'ex-libris' de Lisboa

ANTES de se defrontar com o obstáculo dos vasos, o senhor cego que se vê na imagem de cima teve de se haver com um outro, mais "humano", que se pode ver [aqui].

Um pouco à frente, no seu caminho, eram-lhe oferecidas duas hipóteses: ou virava à esquerda, e teria [isto], ou continuava em frente, e teria o que se vê na imagem de baixo.

7 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Entre PSP (DT), Polícia Municipal, EMEL e mais uma quantidade de funcionários autárquicos dedicados à "mobilidade" (incluindo um vereador!), Lisboa tem ao seu serviço uma multidão de indivíduos cuja função, a tempo inteiro, seria combater este flagelo e que bem podem limpar as mãos à parede.

Já agora: por onde anda a Oposição autárquica, que nem se vê nem se ouve?!

20 de julho de 2010 às 16:57  
Blogger Bartolomeu said...

Não... este, não é um país de cegos. Este, o nosso, Portugal, é um país, onde a maioria dos autarcas, dos vereadores, dos engenheiros e fiscais de obras, demonstram possuír os mais elevados índices de incompetência e desprezo pela segurança daqueles que utilizam a via pública, especialmente se forem portadores de algum tipo de deficiência.
Se este, o nosso, Portugal, fosse um país de cegos, mesmo que somente guiados pelo tacto, os responsáveis pelas infra-estruturas, equipamentos urbanos e manutenção de vias, correriam a implementa-los e adapta-los às suas próprias necessidades e segurança.
Assim... como um cego é um tipo que passa ali no passeio todos os dias, a bater com uma bengala nas paredes, e que uma senhora de idade ajuda a atravessar a rua, e um paraplégico, é um chato de merda que passa a vida a enviar queixas à câmara para que lhe coloquem rampas de acesso a todo e mais algum lugar...
Bahhh!!!
Esses gajos queriam era que a câmara lhes contratasse um Schwarzenegger, para andar com eles ao colo o dia todo...

20 de julho de 2010 às 17:08  
Blogger GMaciel said...

Eu vinha, toda lampeira, "brincar" com a questão, mas acho que nunca conseguiria bater a ironia do Bartolomeu.

;)

Assim, limito-me a dar um exemplo que se vê muito por aqui. Andam a levantar calçadas - pela milionésima vez - para fazer rampas de acesso aos passeios, mas depois e por causa do estacionamento selvagem, colocam pilaretes... e lá ficam os cegos ou deficientres motores a fazer slalom entre os obstáculos.

Porreiro, pá, como diz o outro!

20 de julho de 2010 às 17:34  
Blogger Bartolomeu said...

Pois é, Graça Maciel... este, o nosso, Portugal, é um país da tanga.
Poucas são as autarquias onde reine acima de tudo, o espírito de cidadania. Onde a lei imperativa, seja a do socialmente correcto.
É verdade também, que nesta estória das infra-estruturas, por vezes até dá raiva... quando vemos ser instalado um equipamento novinho, funcional e, ao fim de um ou dois dias, já o encontramos vandalizado.
Faz falta que se apliquem leis justas e severas, que eduquem e em simultâneo, conduzam as pessoas a uma atitude de respeito pelos espaços e equipamentos comuns.
A meu ver, consegue-se essa finalidade, aplicando penas de serviço cívico.

20 de julho de 2010 às 18:21  
Blogger GMaciel said...

Bartolomeu, candidate-se por Almada que eu trabalho em regime de voluntariado na sua candidatura - além de ter o meu voto e o de quantos consigo mobilizar.

:)
;)

20 de julho de 2010 às 18:26  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu é que não quero que me gozem (enchendo o blogue com fotos de estacionamento...) mas tenho aqui algumas, de Lagos (acabadas de tirar) que mostram os 2 novos parques subterrâneos, acabados de estrear. Ao todo, são 900 lugares (pagos, evidentemente), enquanto ao lado deles ninguém é incomodado se estacionar como quiser (incluindo em cima de passeios... e até de canteiros).

20 de julho de 2010 às 19:13  
Blogger Bartolomeu said...

Olhe, ò Graça, sensibilizou-me o seu voto de confiança.
Confiança na minha integridade e capacidade.
Conheço mal Almada e os seus problemas urbanos e sociais, mas o suficiente, para perceber que se trata de um concelho de difícil gestão.
Em minha opinião, Almada e mais alguns concelhos portugueses, precisam de uma presidência multi-disciplinar, constituída por pessoas que, para além do amor à terra, elaborem programas governativos, exequíveis enão, somente, elegíveis.
Mas nós sabemos que se um tipo, candidato a presidente de uma câmara, não prometer em campanha aos eleitores, aquilo que faz parte do mundo dos sonhos e da fantasia, e aos grandes empresários, aquilo que eles reivindicam... fica a "apanhar bonés". Por isso, todos escolhem o caminho mais fácil, sabendo que o verdadeiro caminho, mais cedo ou mais tarde vai ser outro muito diferente.
Em suma, verifica-se a velha e repetida questão; não fazem, nem deixam fazer. O resultado é os problemas irem ganhando volume, assim como as dívidas aos fornecedores e os cúmulos dos empréstimos bancários.
Onde tudo irá parar?
Em algum ponto será, mais próximo... ou mais distante, mas dúvido, que algum dia seja, ao ponto de interesse comum.

21 de julho de 2010 às 08:59  

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