A autoridade
O FACTO de eu ser colega de Mário Lino, e de ambos termos sido colaboradores da Associação de Estudantes, sempre me fez pensar duas vezes antes de escrever algo a criticar o seu trabalho. Exceptuou-se o caso das portagens nas futuras-ex-SCUT, mas aí estou à vontade, pois por duas vezes falei com ele sobre isso, e - embora só da minha parte... - no tom de gozo que o assunto pedia.
Mas, agora, no seguimento dos recentes desastres rodoviários, veio-me à lembrança um pequeno - mas significativo - episódio que tenho de referir:
Quando ele era ministro das Obras Públicas, um daqueles "observatórios" que às vezes nem sabemos que existem fez um levantamento de pontos negros em estradas, referindo locais onde o escoamento das águas é deficiente, criando-se aí acumulações perigosas, nomeadamente em curvas. No seguimento da divulgação desse documento, um jornalista de televisão perguntou-lhe, então, o que tencionava fazer, ao que ele respondeu com palavras que 'jamais' esquecerei: «Não lhes reconheço autoridade para se pronunciarem sobre esse assunto» - e mais não disse.
Mas, agora, no seguimento dos recentes desastres rodoviários, veio-me à lembrança um pequeno - mas significativo - episódio que tenho de referir:
Quando ele era ministro das Obras Públicas, um daqueles "observatórios" que às vezes nem sabemos que existem fez um levantamento de pontos negros em estradas, referindo locais onde o escoamento das águas é deficiente, criando-se aí acumulações perigosas, nomeadamente em curvas. No seguimento da divulgação desse documento, um jornalista de televisão perguntou-lhe, então, o que tencionava fazer, ao que ele respondeu com palavras que 'jamais' esquecerei: «Não lhes reconheço autoridade para se pronunciarem sobre esse assunto» - e mais não disse.
8 Comments:
«Não lhes reconheço autoridade para se pronunciarem sobre esse assunto»
Trocando em miúdos: "Não reconheço nenhum deles [elementos do observatório] como sendo da minha cáfila."
E entregamos nós os nossos impostos a esta chusma de incompetentes!?! Irra!!!
Pois. O melhor da história é que esses "observatórios" também são pagos com dinheiros públicos.
Mesmo que fosse apenas o resultado de um trabalho de simples cidadãos preocupados, a obrigação de M. Lino, mesmo que não quisesse ligar nenhuma ao estudo, era dizer umas tretas, como «Agradecemos o trabalho feito / Estamos atentos / Vamos estudar / etc».
Mário Lino... Mário Lino... não tou a ver...
Ah já sei! é aquele condutor de camêlos que opera no deserto margem-sul do Tejo!
Hmmm... jamais, jamais, reconhece autoridade seja a que entidades for, sobretudo a norte do Tejo, que é terra de cristãos... bárbaros, que têm o habito tramado de andar às castanhada nos auto-estradas... kafiruns do caráxas!!!
Cada vez me convenço mais que a incompetência é uma doença contagiosa que se está a propagar perigosamente a todos os níveis governamentais com consequências nefastas para toda a população.
Também, quando chega a votar, não há muito por onde escolher... Incompetentes existem por todo o lado, só que quando a borrada é muito grande e de repercussões desastrosas os(as) nomeados vão para o olho da rua. Relativamente aos eleitos tem que se esperar mais uns anitos...
O problema não de (in)competência, é de arrogância.
O ministro mais francês da nossa nobre História.
Assim sendo, talvez possa ser imputada responsabilidade criminal ao Ministério das Obras Públicas já que, sabendo das deficiências desse local nada fez de preventivo quanto a uma situação como a ocorrida, que resultou em prejuízos materiais e pior, em mortes. Por negligência?
Sepúlveda decerto conhece o post seguinte (pois também o comentou):
http://carmoeatrindade.blogspot.com/2010/08/vamos-processa-los.html
Nele, eu proponho que os cidadãos processem os responsáveis por esta situação, e até pedi que alguém me indicasse um advogado que se disponha a avançar com uma acção popular.
E digo, também, que estou disposto a gastar algum dinheiro do meu bolso para que isso seja possível.
Até hoje, nada. Mesmo os blogues mais activos na defesa dos peões se encolhem quando lhes proponho essa acção.
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