5.10.10

Cabeças relativistas

Por Nuno Crato

AINDA HÁ algumas décadas, sempre que se falava da teoria da relatividade e das suas previsões sobre a dilatação do tempo ou a contracção dos objectos em movimento, dizia-se que se tratava de pequenas modificações, impossíveis de verificar na escala quotidiana.
Einstein descobriu, por exemplo, que o tempo passa mais lentamente nos locais onde a gravidade é mais forte e nos objectos em movimento. Mas os efeitos previstos são muito pequenos. Por exemplo, se compararmos dois relógios, um junto ao mar e outro a mil metros de altitude, o mais baixo atrasa-se em relação ao outro cerca de três segundos em cada milhão de anos. E não se trata de um problema dos relógios. É o próprio tempo que anda mais devagar em locais em que a força gravítica é maior. (...)

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