Você é feliz?
Por Joaquim Letria
DIZEM as revistas da Ciência que quase metade das pessoas que estão mal com a vida, desanimadas, tristes e sem vontade de ir à luta, sem vontade de comer e com falta de apetite sexual, com insónia ou a dormir demais, pouca ajuda recebem da clínica geral. Penso eu que terão ainda menos ajuda no futuro, porque os médicos generalistas cada vez sabem menos conversar.
Os médicos não estão atentos à tristeza das pessoas. Mais virados para as insuficiências renais, hepáticas, glandulares e hormonais, os médicos preocupam-se menos com funções que têm a ver com o estado de espírito e cujo diagnóstico não tem ajuda de TACs ou de Ressonâncias Magnéticas.
-Diga-me uma coisa: é feliz? (...)
Texto integral [aqui]
DIZEM as revistas da Ciência que quase metade das pessoas que estão mal com a vida, desanimadas, tristes e sem vontade de ir à luta, sem vontade de comer e com falta de apetite sexual, com insónia ou a dormir demais, pouca ajuda recebem da clínica geral. Penso eu que terão ainda menos ajuda no futuro, porque os médicos generalistas cada vez sabem menos conversar.
Os médicos não estão atentos à tristeza das pessoas. Mais virados para as insuficiências renais, hepáticas, glandulares e hormonais, os médicos preocupam-se menos com funções que têm a ver com o estado de espírito e cujo diagnóstico não tem ajuda de TACs ou de Ressonâncias Magnéticas.
-Diga-me uma coisa: é feliz? (...)
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Etiquetas: JL
5 Comments:
Os médicos estão cada vez mais formatados para prescrever exames e mais exames... sem ouvir o paciente... por vezes 5 minutos a ouvir o paciente revela mais que uma bateria de exames...
Que falta andávamos a sentir, Joaquim Letria. Sinta-se bem connosco. E não se ausente tanto tempo.
Quanto à pergunta, olhe, por esta altura, creio que me sentiria muito melhor se me fosse possível pegar numa vassoura mágica para varrer para longe certos políticos e governantes, mais quem os apoia e elogia. Apoios do tipo "se o governo sofre também o povo tem de sofrer", porque as coisas são equivalentes, não são?
Pegando ali no início do comentário de Batista, digo que o reaparecimento do Joaquim Letria é por si só um elemento capaz de restaurar um pouco, o sentimento de felicidade dos leitores do blog.
Digo ainda, que em minha opinião, o conceito de felicidade, é frágil e efémero, a menos que um tipo tenha atingido o estado Zen, ou, recordando os livros de Lobsang Rampa, possua o dom da terceira visão, associado a um poderoso controlo da mente.
Não sendo isto possível e, não sendo possível também, mandar a sociedade às urtigas e tornarmo-nos eremitas, mas eremitas a sério e de preferência praticantes de yoga... sujeitamo-nos às vicissitudes, e às falência próprias de uma sociedade que, tal como a orla marítima, vai recebendo consecutivamente a ondulação que o oceano lhe envia.
Já foi de outro modo, hoje é assim, amanhã será de novo aquilo que a sociedade na sua interminável mutação, ajustar que seja.
Se interessar a alguém, posso revelar a localização de uma gruta num local inóspito, que observa e respeita todas as normas legais, exigidas pela união europeia, para establecimento de um eremitério... de carácter reconhecidamente biológico.
;))
Caríssimo Letria, faço minhas as palavras dos dois oradores antecedentes, José Batista e Bartolomeu.
Precisamos da sua ironia mais do que qualquer ansiolítico, creia-nos.
Aquele abraço
Há dias vi uma notícia na televisão que me alarmou.
Ao que parece, a nossa água potável está cheia de ansiolíticos e apesar do diagnóstico, ainda não foi encontrada solução para o problema.
Agora este belo texto do J. Letria veio acalmar a minha preocupação. Pois se eles compram a felicidade, então é encher a barriga de água.
Ficamos hidratados, felizes e ainda poupamos na factura da farmácia!!!
;-))
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