Por Joaquim Letria
O CARLOS era um dos meus amigos. Foi meu chefe de Redacção na Informação 2, quando dirigi a Informação do Segundo Canal autónomo da RTP, presidido pelo Fernando Lopes e que a AD desmantelou logo que chegou ao poder.
O Carlos foi um excelente jornalista, que eu conhecera no "velho" Diário de Notícias quando os jornais costumavam ter jornalistas de prestígio nas suas redacções.
Quando contribuí com alguns programas para a RTP, o Carlos era o melhor Director de Programas que a RTP tivera. Também no tempo em que havia directores de programas que conheciam a etimologia da palavra qualidade e o significado de Serviço Público, o Carlos foi o melhor director de programas duma estação de TV portuguesa, emparceirando com o Miguel Araújo e o Moniz.
Fiel à sua cultura, à sua experiência e ao seu gosto, criou um programa diário único no panorama do audiovisual português. Produzia-o, editava-o e apresentava-o com paixão quando este regime fez a filha de putice de o varrer prematuramente da RTP.
Visitei-o mais tarde na sua casa de Évora, por mais de uma vez. Vi-o ser condecorado e considerado pelo Governo Francês. Coincidimos em Nova York profissionalmente e divertimo-nos muito nos intervalos. E nunca deixámos de rir e de gostar das coisas que fazíamos, empurrados pela vida.
Carlos, o que te aconteceu agora, todos temos garantido. Não esperamos é por tal coisa tão cedo, Meu malandro, sempre cheio de pressas! Acontece...
O CARLOS era um dos meus amigos. Foi meu chefe de Redacção na Informação 2, quando dirigi a Informação do Segundo Canal autónomo da RTP, presidido pelo Fernando Lopes e que a AD desmantelou logo que chegou ao poder.
O Carlos foi um excelente jornalista, que eu conhecera no "velho" Diário de Notícias quando os jornais costumavam ter jornalistas de prestígio nas suas redacções.
Quando contribuí com alguns programas para a RTP, o Carlos era o melhor Director de Programas que a RTP tivera. Também no tempo em que havia directores de programas que conheciam a etimologia da palavra qualidade e o significado de Serviço Público, o Carlos foi o melhor director de programas duma estação de TV portuguesa, emparceirando com o Miguel Araújo e o Moniz.
Fiel à sua cultura, à sua experiência e ao seu gosto, criou um programa diário único no panorama do audiovisual português. Produzia-o, editava-o e apresentava-o com paixão quando este regime fez a filha de putice de o varrer prematuramente da RTP.
Visitei-o mais tarde na sua casa de Évora, por mais de uma vez. Vi-o ser condecorado e considerado pelo Governo Francês. Coincidimos em Nova York profissionalmente e divertimo-nos muito nos intervalos. E nunca deixámos de rir e de gostar das coisas que fazíamos, empurrados pela vida.
Carlos, o que te aconteceu agora, todos temos garantido. Não esperamos é por tal coisa tão cedo, Meu malandro, sempre cheio de pressas! Acontece...
3 Comments:
Li, ouvi... e como sempre que as coisas me tocam de especial forma, prendem-se as palavras pensadas, ainda não escritas.
Nunca sei o que dizer nestas alturas, já o disse e repito, por isso e porque outros como o Joaquim Letria já disseram tanto e melhor, ofereço o meu respeitoso silêncio.
A cultura empobreceu mais um pouco.
Eram muitos os que gostavam de Carlos Pinto Coelho.
Eram muitos os que seguiam com deleite o seu programa "Acontece". Acabar com esse programa foi realmente uma "filha da putice", muito conforme com o modo de governar, de mandar e de gerir da "democracia (à) portuguesa".
Estas não são palavras bonitas em face da morte de quem nos deixa muita saudade.
Mas, o Carlos Pinto Coelho não levaria a mal. Suponho.
É, cada vez vamos ficando mais pobres. E se, ao menos, os que vão desaparecendo fossem bem substituídos...
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