A cada casa um botão
Por A.M.Galopim de Carvalho
O FRANCISCO José, para o grande público, Chico Carvalho, na cidade que o viu nascer, nunca foi um fumador. Como qualquer um, lá pegava num cigarro, uma vez ou outra e ao sabor de uma qualquer situação, procurando cumprir o ritual. Desajeitadamente, sem aspirar o fumo e sempre a cuspir os fios de tabaco saídos da ponta molhada, a desfazer-se, lá o ia consumindo até se ver livre dele com o alívio de quem despacha algo que não está nos seus gostos.
– Não engoles o fumo? – Dizia-lhe um, no tom de quem, ao perguntar, queria era deixar no ar o reparo. – Assim não dá gozo.
– Pois é, mas eu nem gosto, nem devo – respondia. (...)
Texto integral [aqui]– Não engoles o fumo? – Dizia-lhe um, no tom de quem, ao perguntar, queria era deixar no ar o reparo. – Assim não dá gozo.
– Pois é, mas eu nem gosto, nem devo – respondia. (...)
Etiquetas: GC
3 Comments:
Excelente história, como o são sempre as que o Mestre nos oferece!
Como diz um outro mestre, da família dos Homem: " A vida, é uma vaga paragem no tempo, a partir da qual não há previsões nem dia seguinte"
Quem diria que um mero morrão de cigarro, ditaria uma moda?!
;)))
Caro Professor:
Além de excelente a sua história foi, como sempre, uma delícia.
Ainda sou da geração em que a mãe ia com as calças rasgadas da brincadeira à cerzideira milagrosa que fazia aquilo de maneira a quase não se notar nada :-)
Palavras de velhos, hoje em dia presumo que as cerzideiras só existirão para gente pobre.
Um abraço
É sempre com prazer que leio estas estórias!
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