12.1.11

Éramos todos tão novos...

Por Baptista-Bastos

VÍTOR ALVES foi embora deixando a pátria numa situação que ele não desejava. Gostava muito deste homem sereno, culto, generoso, cordial a afável, que jogara, no regueirão de todos os perigos, a sorte pessoal e o desígnio colectivo. Ele e outros como ele são credores da minha maior gratidão. Ele e outros como ele resgataram os silêncios impostos e os medos compulsivos da minha geração e os das anteriores. O risco que Vítor Alves correu foi soberano entre os demais: o da vida, o da carreira, o da família.

Os jovens capitães de Abril possuem uma dimensão de coragem adveniente da espessura comovente do seu humanismo. Há qualquer coisa de épico e de poético na arrancada militar desse dia tão longínquo, tão próximo e tão delido no tempo e no esquecimento dos nossos desleixos. (...)
Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Blogger GMaciel said...

Bonita e sentida homenagem, que nos transporta, a um tempo, à saudade transfigurada e à esperança que tardou.

Obrigada por nos lembrar.

12 de janeiro de 2011 às 14:09  
Blogger José Batista said...

Homens como Salgueiro Maia, Vítor Alves ou Vasco Lourenço deram-nos a liberdade sem nunca reclamarem nada para si próprios nem aceitarem benefícios pessoais.
Que pena, tais exemplos terem sido tão pouco seguidos...
E nisso são muitas e muito repartidas as culpas.
Mas os bons exemplos permanecem intactos. E nada os apagará.
Porque estão guardados em muitos corações.

12 de janeiro de 2011 às 16:34  
Blogger Oscar Maximo said...

Este infeliz acontecimento fez-me lembrar a porcaria de Ministros de Educação que nos obrigaram a engolir.

14 de janeiro de 2011 às 17:37  

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