17.2.11

Foram-se as indulgências (conto)

Por C. Barroco Esperança

JERÓNIMO Felizardo estava a aliviar o luto a que a perda da amantíssima esposa, Deolinda, o obrigara. Não se pode dizer que lhe fora muito dedicado em vida nem excessivamente fiel. Mas habituara-se a ela como um rafeiro ao dono que o acolhe.
Sentia-lhe agora a falta. Deolinda de Jesus dera-lhe tudo. Mesmo tudo. Até o que é obrigação e nela nunca foi devoção e, muito menos, entusiasmo. Deu-lhe independência económica, boa mesa, respeito e uma filha. Deixou-lhe uma pensão de professora, metade do ordenado do 10.º escalão, que acrescentava a outros proventos e o punham ao abrigo de sobressaltos. (...)
Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger Bartolomeu said...

Eis uma belíssima história de reconversão.
Abençoadinha Carolina, que tão bela sacerdotiza nos saíu!
Apostava os meus... botões, em como nessa noite Felizarda, Jerónimo subiu aos céus... muitas vezes e conheceu a verdadeira face divina.

17 de fevereiro de 2011 às 10:43  

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