30.3.11

A farsa trágica

Por Baptista-Bastos

AS PERIPÉCIAS da revolução portuguesa sempre tiveram características incomuns. A via original para o socialismo foi um estribilho mais do que um conceito. Até hoje ninguém conseguiu descobrir qual a natureza dessa originalidade. Era uma época em que se bebia em excesso e quase tudo era permitido ou aceito com benigna complacência. Zeca Afonso comentava, irónico, que o álcool era, afinal, a via original para o nosso socialismo. O PREC constituiu mais do que um acrónimo: foi um modo de se tentar ludibriar a História e uma maneira, um pouco louca, um pouco ingénua de se viver a vida. Até então, as coisas eram direitinhas, brunidas, organizadas em esquadrias. Falava-se baixinho, escrevia-se baixinho, amava-se baixinho. (...)

Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger GMaciel said...

Nem tudo está nas nossas mãos; mas alguma coisa talvez possamos fazer.

Com todo o respeito que me merece e lhe tenho, lamento discordar.

Essa ladainha, com mérito igual à de que "não existe democracia sem partidos", imbuída desde as calendas gregas da nossa democracia, serve os vis propósitos que tanto criticamos.

Tudo está nas nossa mãos, porque a democracia fazemo-la nós, com o nosso voto, a nossa intervenção cívica, as nossas escolhas e, principalmente, o nosso NÃO.

Se nada disso se verifica de facto, a culpa é apenas nossa.

30 de março de 2011 às 15:53  

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