Lula e Dilma vieram à terrinha
Por FerreiraFernandes
JÁ HOUVE, claro, microfones estendidos a Lula, perguntando se ele vai meter uma cunha a Dilma para o Brasil comprar parte da dívida portuguesa. Mas, que raio!, há Portugal e Brasil para além da dívida portuguesa. E o admirável, tendo um sido colonizador e outro colónia, é que foi quase sempre assim. Reparem, não foi nos tempos recentes do politicamente correcto, mas muito antes, que os dois deixaram de se tratar de mãe-pátria e filhote. Há muito quiseram ambos ser países irmãos, como ilustra esse extraordinário D. Pedro, imperador deles, IV nosso, aceitando o papel que para outros seria esquizofrénico e nele foi natural. Nascido em Queluz, em 1798, mas desde 1808 com o Brasil como pátria da sua adolescência, ele disse "fico" quando teve de escolher. E quando, por imperativo de convicções veio modernizar Portugal, deixou ao seu filho e herdeiro brasileiro uma carta sobre a dor que era abandonar o seu país, o Brasil.
Parece neste negócio que Portugal é secundarizado, não é? Isso é não entender esta história fraterna. Os portugueses no Brasil fizeram sempre o mesmo que D. Pedro: fizeram-no seu, ao Brasil. Daí que o "me dá uma moedinha, dá" conte pouco. Será, ou não, assunto seco de contabilistas. Outra coisa é a chegada de Lula e Dilma, os sucessores de D. Pedro. Eu levava-os à terrinha. A Queluz, onde eles nasceram.
«DN» de 29 Mar 11JÁ HOUVE, claro, microfones estendidos a Lula, perguntando se ele vai meter uma cunha a Dilma para o Brasil comprar parte da dívida portuguesa. Mas, que raio!, há Portugal e Brasil para além da dívida portuguesa. E o admirável, tendo um sido colonizador e outro colónia, é que foi quase sempre assim. Reparem, não foi nos tempos recentes do politicamente correcto, mas muito antes, que os dois deixaram de se tratar de mãe-pátria e filhote. Há muito quiseram ambos ser países irmãos, como ilustra esse extraordinário D. Pedro, imperador deles, IV nosso, aceitando o papel que para outros seria esquizofrénico e nele foi natural. Nascido em Queluz, em 1798, mas desde 1808 com o Brasil como pátria da sua adolescência, ele disse "fico" quando teve de escolher. E quando, por imperativo de convicções veio modernizar Portugal, deixou ao seu filho e herdeiro brasileiro uma carta sobre a dor que era abandonar o seu país, o Brasil.
Parece neste negócio que Portugal é secundarizado, não é? Isso é não entender esta história fraterna. Os portugueses no Brasil fizeram sempre o mesmo que D. Pedro: fizeram-no seu, ao Brasil. Daí que o "me dá uma moedinha, dá" conte pouco. Será, ou não, assunto seco de contabilistas. Outra coisa é a chegada de Lula e Dilma, os sucessores de D. Pedro. Eu levava-os à terrinha. A Queluz, onde eles nasceram.
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1 Comments:
e nois vamu tê de págá ò Lula, pêlá cunhá?!
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