3.3.11

A regionalização e os seus inimigos

Por C. Barroco Esperança

A REGIONALIZAÇÃO, que os deputados constituintes aprovaram e numerosos pretextos serviram para adiar, torna-se cada vez mais urgente e indispensável. Bastam as alterações demográficas para aumentar o anacronismo da divisão administrava que herdámos da ditadura, agravada por concelhos e freguesias criados ao sabor dos interesses eleitorais.
Parece existir uma estranha conspiração urdida para evitar a racionalização administrativa que há muito devia ter tido lugar com as cinco regiões-plano que servem de matriz coerente. (...)

Texto integral [aqui]

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6 Comments:

Blogger Xico Burro said...

O autor defende a REGIONALIZAÇÃO, como a generalidade das clientelas que saliva por mais uns quantos lugares de "eleitos" com um bom lugar à mesa do orçamento que muitos deles já consideram esmagador. Depois refere o anacronismo da divisão administrativa, então porque não titula, por exemplo, Reorganização Administrativa?

Temos Municípios com 2300 habitantes, freguesias desprovidas de qualquer justificação, mas nunca vi os regionalistas ligar a questão da regionalização à resolução desta situação. Enquanto assim for, apesar de não ter muitas certezas, este seu concidadão não terá dúvidas em rejeitar essa regionalização e apoiar, no que puder, os adversários desse processo, admitindo até que tenha com eles divergências quanto à motivação.

3 de março de 2011 às 09:54  
Blogger Bartolomeu said...

Portugal foi sempre, desde antes até de ser País, pobre.
Pobre de terras e pobre de gentes.
Portugal sempre precisou de mais e melhor gente, de mais e melhores terras.
Desde o início que se verificou a necessidade absoluta de conquista e de expansão, a necessidade de conquistar riqueza. Não de a produzir, mas sim, de a conquistar, de a usurpar, de a ir tirar de onde estava e, a quem ela pertencia. E assim, sob este desígnio se deu início a uma diáspora pelo mundo empolgados na profecia do V Império.
As riquezas vieram, mas foram desbaratadas, delas, sobraram para os nossos dias, alguns maltratados monumentos.
Hoje, após o desbarato de enormes quantias, enviadas pela União Europeia, com o objectivo de tornar Portugal um país desenvolvido técnica e profissionalmente, produtivo e competitivo, encontramo-nos como sempre... pobres.
Continuamos a ser como antanho, "um povo que não se governa, nem tolera que o governem". Portugal Continua a ser como sempre foi, um país predestinado a algo que se adivinha grandioso, mas que não consegue avançar, porque tropeça em si mesmo, nas suas diferenças, na sua bacoquice, na sua ganância, nas suas vigarices e no seu subservientismo. A regionalização que em meu entender, poderia ser a solução para a economia do nosso país, temo que resultasse numa feudalização e numa divisão interna, geográfica e social.

3 de março de 2011 às 10:54  
Blogger GMaciel said...

Subscrevendo o que os anteriores comentadores escreveram, apenas deixo uma questão: regionalização com a mentalidade dos nossos políticos???

Deus nos guarde!!!

3 de março de 2011 às 12:29  
Blogger José Batista said...

Eu também me conto entre os que não têm qualquer simpatia pela regionaização. Desgosto de grande parte dos nossos políticos e tenho horror ao modo como "operam" muitos autarcas. E sobretudo ao que tem resultado da sua acção...
E chego mesmo a pensar que talvez ganhássemos se o governo central pudesse fazer-se de longe, de Tóquio, por exemplo, assim um sítio onde as cunhas e a corrupçãozinha portuguesa não tivessem qualquer espécie de guarida.
E, se mesmo assim, continuássemos a não ser bem governados, por culpa própria e/ou alheia, bem podíamos dizer que era por cauda dos defeitos daqueles indivíduos de olhos em bico... ou outra coisa qualquer...

4 de março de 2011 às 17:47  
Blogger José Batista said...

Ressalvo a palavra "regionalização".

4 de março de 2011 às 17:51  
Blogger Carlos Esperança said...

Caros leitores:

Apesar da unanimidade com que divergem das minhas posições não deixo de agradecer os comentários que tiveram a amabilidade fazer.

4 de março de 2011 às 22:35  

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