13.4.11

Os dias de todos os espantos

Por Baptista-Bastos

PARECE que os socialistas ficaram muito contentes com o congresso do seu partido. E o mais contente de todos eles foi José Sócrates. Ungido como salvador da pátria e inocente vítima de inimigos inclementes, ele perguntou, comovido e lacrimejante, se os seus camaradas o seguiam, o desejavam, o amavam. Em coro, congestionados de amor e devoção, mil e oitocentos congressistas gritaram que sim. A nota e o resultado estavam dados. Só faltou o ceptro, a coroa e o manto vermelho de seda e gola de arminho. Depois, foram para casa, felizes por terem cumprido, com veneração e afecto, a liturgia da consagração.
O congresso do PS não serviu para outra coisa senão como metáfora de um particular panteísmo de linguagem e de espectáculo. É sempre assim, em qualquer reunião daquela natureza, dir-se-á. Por isso mesmo é que produzem a indiferença. (...)
Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger José Batista said...

Ou os dias da sabujice?

13 de abril de 2011 às 18:48  
Blogger GMaciel said...

Vou guardar o meu sorriso amrelo para o dia 5 de Junho.

13 de abril de 2011 às 19:12  

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